quarta-feira, 30 de junho de 2010

Mapa da gravidade na Terra

Cientistas fazem 'mapa da gravidade' da Terra

Cientistas criaram um "mapa da gravidade" terrestre, mostrando as diferentes influências desta força física ao redor do planeta.
O modelo, conhecido como geoide, define onde estão os níveis da superfície terrestre, esclarecendo se o sentido é "para cima" ou "para baixo".
Os cientistas afirmam que os dados podem ser usados em inúmeras aplicações, entre elas nos estudos de mudança climática para ajudar a entender como a grande massa de oceanos move calor ao redor da Terra.
O novo mapa foi apresentado em um simpósio sobre observação terrestre em Bergen, na Noruega, onde também estão sendo apresentados dados recolhidos por outras missões da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês).
Antes do fim da década, cerca de 20 missões da ESA totalizando cerca de 8 bilhões de euros serão lançadas para observar o espaço através de sondas.
Parâmetros
O mapa foi desenhado a partir de medições precisas realizadas pelo satélite europeu Goce, sigla formada a partir das iniciais da sonda exploradora de campo gravitacional e equilíbrio estacionário que circula na órbita terrestre a uma altitude de pouco mais de 250 km da superfície – a órbita mais baixa de um satélite de pesquisa em operação.
A Goce carrega três pares de blocos de platina dentro de seu gradiômetro – o aparelho que mede o campo magnético da Terra – capazes de perceber acelerações leves da gravidade sentida na superficie.
Em dois meses de observação, o satélite mapeou diferenças quase imperceptíveis na força exercida pela massa planetária em diferentes pontos do globo.
O mapa define, em um determinado ponto, a superfície horizontal na qual a força da gravidade ocorre de maneira perpendicular.
Estas inclinações podem ser vistas em cores que marcam como os níveis divergem da forma elíptica da Terra. No Atlântico Norte, perto da Islândia, o nível se situa a cerca de 80 metros sobre a superfície da elipsoide. No Oceano Índico, esse nível está 100 metros abaixo.
Os cientistas dizem que o mapa permitirá aos oceanógrafos definir como seria a forma dos oceanos se não houvesses marés, ventos e correntes marítimas. Subtraindo a forma do modelo, ficam evidentes estas outras influências.
Esta informação é crucial para criar modelos climáticos que levam em conta como os oceanos transferem energia ao redor do planeta.
Usos
Há outros usos para o geoide. O modelo fornece um sistema universal para comparar altitudes em diferentes partes da Terra, à semelhança dos aparelhos de nivelamento que, na construção, revelam aos engenheiros para onde um determinado fluido corre naturalmente dentro de um tubo ou cano.
Cientistas geofísicos também podem usar os dados da sonda para investigar o que ocorre nas entranhas profundas da Terra, especialmente naqueles pontos susceptíveis a terremotos e erupções vulcânicas.
"Os dados da Goce estão mostrando novas informações no Himalaia, na África Central, nos Andes e na Antártida", explica o coordenador da missão da Esa, Rune Floberghagen.
"São lugares bem inacessíveis. Não é fácil medir variações de alta frequência no campo gravitacional da Antártida com um avião, porque há poucos campos aéreos a partir dos quais operar."
A altitude extremamente baixa da Goce deveria limitar a utilização da sonda por no máximo mais dois anos. Entretanto, níveis relativamente baixos de atividade solar produziram condições atmosféricas calmas, fazendo o satélite consumir menos combustível que o estimado.
A equipe crêe que a sonda poderia ser utilizada até 2014, quando a falta de combustível desaceleraria a missão, obrigando-a a sair de órbita.
FONTE:

Estrelas mais antigas da nossa galáxia


Primeiras estrelas
Cientistas afirmam que estrelas mais antigas encontradas na Via Láctea são anteriores à própria galáxia, tendo sobrevivido à destruição de seus sistemas originais (divulgação)

Divulgação Científica

Primeiras estrelas

30/6/2010
Agência FAPESP – Muitas das estrelas mais antigas da Via Láctea são remanescentes de outras galáxias menores que foram dilaceradas por colisões violentas há cerca de 5 bilhões de anos. A afirmação é de um grupo internacional de cientistas, em estudo publicado pelo periódico Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.
Essas estrelas anciãs são quase tão antigas como o próprio Universo. Os pesquisadores, de instituições da Alemanha, Holanda e Reino Unido, montaram simulações em computadores para tentar recriar cenários existentes na infância da Via Láctea.
O estudo concluiu que as estrelas mais antigas na galáxia, encontradas atualmente em um halo de detritos em torno dela, foram arrancadas de sistemas menores pela força gravitacional gerada pela colisão entre galáxias.
Os cientistas estimam que o Universo inicial era cheio de pequenas galáxias que tiveram existências curtas e violentas. Esses sistemas colidiram entre eles deixando detritos que eventualmente acabaram nas galáxias existentes atualmente.
Segundo os autores, o estudo apoia a teoria de que muitas das mais antigas estrelas da Via Láctea pertenceram originalmente a outras estruturas, não tendo sido as primeiras estrelas a nascer na galáxia da qual a Terra faz parte e que começou a se formar há cerca de 10 bilhões de anos.
“As simulações que fizemos mostram como diferentes relíquias observáveis na galáxia hoje, como essas estrelas anciãs, são relacionadas a eventos no passado distante”, disse Andrew Cooper, do Centro de Cosmologia Computacional da Universidade Durham, no Reino Unido, primeiro autor do estudo.
“Como as camadas antigas de rochas que revelam a história da Terra, o halo estelar preserva o registro do período inicial dramático na vida da Via Láctea, que terminou muito tempo antes de o Sol ser formado”, disse.
As simulações computacionais tomaram como início o Big Bang, há cerca de 13 bilhões de anos, e usaram as leis universais da física para traçar a evolução das estrelas e da matéria negra existente no Universo.
Uma em cada centena de estrelas na Via Láctea faz parte do halo estelar, que é muito mais extenso do que o mais familiar disco em espiral da galáxia.
O estudo é parte do Projeto Aquário, conduzido pelo consórcio Virgem, que tem como objetivo usar as mais complexas simulações feitas em computador para estudar a formação de galáxias.
Monthly Notices of the Royal Astronomical Societywww3.interscience.wiley.com/journal/117974593/home 

terça-feira, 29 de junho de 2010

O Mercúrio (Hg) é mais perigoso no mar


Mercúrio é mais perigoso no mar
Apesar de ter concentrações maiores na água doce, o risco de ingestão do metal por peixes – e, consequentemente, por humanos – é maior no mar, afirma estudo publicado na Nature Geoscience (foto: divulgação)

Divulgação Científica

Mercúrio é mais perigoso no mar

29/6/2010
Agência FAPESP – As concentrações de mercúrio em água doce são muito maiores do que as encontradas em água salgada. Entretanto, ao serem ingeridos, são os peixes de mar que oferecem mais riscos à saúde humana.
A afirmação é de um estudo feito por pesquisadores da Universidade Duke, nos Estados Unidos, e publicado neste domingo (27/6) no site da revista Nature Geoscience.
O motivo é a própria água do mar. A versão potencialmente perigosa do mercúrio é o metilmercúrio (C2H6Hg), que se une à matéria orgânica dissolvida em água doce e, no mar, liga-se ao cloreto, ou seja, ao próprio sal.
“O modo mais comum por meio do qual a natureza transforma o metilmercúrio em uma forma menos tóxica é por meio da ação da luz solar. Quando o metilmercúrio é ligado à matéria orgânica dissolvida, como plantas ou animais decompostos, a luz do sol quebra a molécula”, disse Heileen Hsu-Kim, professora assistente de engenharia civil da Universidade Duke e um dos autores do estudo.
“Entretanto, na água do mar, o metilmercúrio permanece fortemente ligado ao cloreto, não sendo degradado com facilidade pela luz solar. Nessa forma, ele será ingerido por animais marinhos”, explicou.
O metilmercúrio é uma neurotoxina potente que, uma vez ingerida, pode provocar problemas nos rins, no sistema nervoso e até mesmo morte. A ingestão da substância é particularmente perigosa nos casos de gravidez, podendo causar problemas neurológicos na criança.
Como peixes e frutos do mar têm tendência natural de armazenar metilmercúrio em seus órgãos, eles são a principal fonte de ingestão do metal em humanos.
“A exposição ao mercúrio é consideravelmente elevada nos Estados Unidos. Um levantamento epidemiológico recente verificou que 8% das mulheres tinham níveis de mercúrio mais altos do que o limite considerado ideal. Uma vez que os humanos estão no topo da cadeia alimentar, qualquer quantidade de mercúrio nos alimentos se acumula em nosso corpo”, disse Heileen.
Segundo a cientista, o estudo reforça a importância de direcionar pesquisas e políticas de controle do mercúrio para a água salgada. Até hoje, a maior parte dos esforços tem sido direcionada à presença do metal em água doce.
Atualmente, destaca Heileen, cientistas contam com tecnologia capaz de medir com eficácia as concentrações de mercúrio na água do mar, que são menores – e, portanto, mais difíceis de identificar – do que na água doce.
“Como o metilmercúrio não é quebrado pela luz solar na água do mar, sua vida é muito maior ali do que na água doce”, disse. O mercúrio chega à água por muitas rotas. As fontes mais importantes são a combustão de carvão, o refino de ouro e de outros metais não ferrosos e erupções vulcânicas.
O artigo Photolytic degradation of methylmercury enhanced by binding to natural organic ligands (doi: 10.1038/ngeo892), de Tong Zhang e Heileen Hsu-Kim, pode ser lido por assinantes da Nature Geoscience emwww.nature.com/ngeo

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Como o Sol se formou e suas características

 25.º episódio da série Espaçonave Terra, que mostra as relações entre a Terra, o Sol e os planetas do Sistema Solar, e as conseqüências dessa relação para a vida em nosso planeta - cada episódio equivale a uma semana do ano.


quinta-feira, 24 de junho de 2010

O som da "partícula de Deus" - o bóson de Higgs

Cientistas tentam recriar som de 'partícula de Deus'

O bóson de Higgs daria massa a outras partículas
Cientistas simularam o som de partículas subatômicas produzidas no Grande Colisor de Hádrons (GCH), na Suíça.
O objetivo é facilitar a identificação da chamada "partícula de Deus" – o bóson de Higgs – cuja existência ainda não foi confirmada, mas que, segundo teorias, daria massa a todas as outras.
A cientista Lily Asquith coordenou a equipe que desenvolveu o modelo que transforma dados do gigantesco experimento Atlas, no GCH, em sons.
"Se a energia estiver perto de você, você ouve um som grave, e se estiver mais longe, mais agudo", disse Asquith.
O colisor é um projeto milionário construído na fronteira entre a França e a Suíça para tentar responder algumas perguntas fundamentais para a física.
O experimento acontece em um túnel circular de 27 quilômetros de comprimento, repleto de imãs que "conduzem" partículas de prótons pelo imenso anel.
LHC
O LHC operou pela primeira vez em setembro de 2008
Em certos pontos do trajeto, os feixes de prótons mudam de trajetória e se chocam em quatro experimentos, que são minuciosamente monitorados pelos cientistas.
É nessas colisões que os estudiosos esperam encontrar novas partículas subatômicas, como o bóson de Higgs, que ajudariam a entender a origem do Universo.
Atlas é um dos quatro experimentos do colisor. Um instrumento batizado de calorímetro é usado para medir energia e é composto de sete camadas concêntricas.
Cada uma dessas camadas é representada por um tom diferente, dependendo da quantidade de energia contida nele.
O processo de transformar dados científicos em sons é chamado sonificação. Até o momento, a equipe de Asquith criou diversas simulações baseadas em previsões do que aconteceria durante as colisões no GCH.
Só agora, começaram a utilizar dados de experimentos reais.
"Quando você ouve as sonificações, na realidade, o que você está ouvindo são dados. Elas são fieis aos dados e dão informações sobre os dados que não seriam possíveis de se obter de qualquer outra maneira", disse Archer Endrich, um desenvolvedor de software que trabalha no projeto.
Pela sonificação, os cientistas esperam poder identificar diferenças sutis para detectar novas partículas.
Um compositor envolvido com o projeto, Richard Dobson, destacou ter ficado impressionado com a musicalidade das colisões.
"É possível ouvir estruturas claras nos sons, quase como se tivessem sido compostas. Cada uma parece contar uma pequena história. São tão dinâmicas e mudam o tempo todo, que se parecem muito com as composições contemporâneas", disse o músico
FONTE:

Fenômenos físicos da Jabulani, a bola da copa



Nasa e IPT analisam bola da Copa
Pesquisadores testam a Jabulani e concluem que a bola oficial da Copa do Mundo tem descolamento mais rápido, maior coeficiente de arrasto e comportamento mais imprevisível (foto: IPT)

Divulgação Científica

Nasa e IPT analisam bola da Copa

24/6/2010
Agência FAPESP – Golaço ou gol contra? A maior polêmica da Copa do Mundo na África do Sul até o momento ainda não tem uma conclusão. Para alguns, a bola oficial do evento, denominada Jabulani (“celebração”, em zulu), representa uma notável evolução do ponto de vista tecnológico. Para outros, o resultado deixou a desejar.
O atacante Luis Fabiano, da Seleção Brasileira, criticou. O goleiro Júlio César chamou de “bola de supermercado”. Fernando Torres, atacante espanhol, também falou mal. Kaká está entre os que elogiaram.
As maiores críticas foram com relação aos movimentos imprevisíveis, promovidos pela resposta aerodinâmica da nova redonda, especialmente nos chutes mais fortes. Na primeira rodada, com o baixo número de gols, a reclamação foi ainda maior. Mas no fim da primeira fase da Copa, os gols voltaram. Portugal enfiou sete na Coreia do Norte. O próprio Luis Fabiano marcou dois contra a Costa do Marfim.
Para o fabricante, a Adidas, a bola representa um avanço. Mas o próprio presidente da empresa, Herbert Hainer, reconheceu que é preciso um certo tempo para se acostumar com a Jabulani, por ser “mais aerodinâmica e mais rápida”.
Pesquisadores da Nasa, a agência espacial norte-americana, e do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), decidiram avaliar o comportamento da Jabulani.
No Centro de Pesquisa Ames da Nasa, na Califórnia, foram feitos testes para comparar a bola com a usada na Copa de 2006 na Alemanha, a Teamgeist (“espírito de equipe”). A Teamgeist, no lugar dos hexágonos costurados das bolas tradicionais, tinha oito painéis fundidos por um processo térmico, que elimina a necessidade de costura, mesmo interna, entre eles. A Jabulani tem 14 painéis e ganhou sulcos aerodinâmicos.
A conclusão da Nasa é que com a Jabulani os jogadores não deverão ter melhor controle do que com a Teamgeist. “É bem óbvio. O que estamos vendo é um efeito knuckle-ball”, disse Rabi Mehta, engenheiro aeroespacial no centro Ames. Knuckle-ball é um arremesso no beisebol no qual a bola não é segura com os dedos, mas sim com seus nós, resultando em movimento com acentuada curva e imprevisível para o rebatedor.
Segundo Mehta, quando a Jabulani se desloca em velocidade elevada, o ar próximo à superfície é afetado pela sua superfície, resultando em um fluxo assimétrico. Essa assimetria cria forças laterais que podem resultar em mudanças súbitas no percurso. De acordo com o cientista, a Jabulani tende a assumir o efeito knuckle ao superar os 75 km/h, o que corresponde a um chute forte.
Outro ponto a se considerar, segundo Mehta, é que vários dos estádios em que ocorrem os jogos na Copa da África do Sul estão em altitude elevada (Joanesburgo, por exemplo, fica a cerca de 1.600 metros do nível do mar). “Isso afeta a aerodinâmica da bola, uma vez que a densidade do ar é menor. Em altitudes altas, a bola tende a se deslocar mais rapidamente, com menos empuxo”, disse.
Maior arrasto
Os pesquisadores Gilder Nader e Antonio Luiz Pacífico, do Laboratório de Vazão do IPT, realizaram testes no túnel de vento atmosférico do instituto com bolas de torneios oficiais de futebol.
Foram testadas as bolas do campeonato Paulista e Brasileiro deste ano e das copas de 2006 e 2010. Os testes foram encomendados pela Rede Globo. Segundo Nader, foram feitas medições com visualização do escoamento de ar em volta de cada bola. Para isto foi utilizado o sistema PIV (“Particle Image Velocimetry”) com emprego de raios laser.
“Verificamos que a bola do Campeonato Brasileiro, por exemplo, com superfície mais rugosa, do tipo clássico, tem coeficiente de arrasto (resistência ao ar) mais baixo e bom deslocamento. As bolas das Copas apresentaram um ‘descolamento’ mais rápido e maior coeficiente de arrasto”, disse.
Ao ser chutada, a bola ganha uma velocidade inicial que vai diminuindo até que, em um determinado momento, atinge o chamado “ponto de crise de arrasto”, explicou Gilder.
“É quando ela faz uma curva. Com a bola do ‘Brasileirão’, esse ponto demorou mais para ser alcançado, em uma velocidade de aproximadamente 13 metros por segundo. A Jabulani atinge esse ponto e faz a curva bem antes, em uma velocidade que ainda vamos medir com exatidão”, disse.
As bolas de futebol evoluem constantemente, com as grandes novidades surgindo justamente em cada Copa do Mundo. As atuais, e não apenas a Jabulani, são muito diferentes das usadas há meio século. Na Copa da Suécia, em 1958, por exemplo, a bola era de couro curtido, chamada de “capotão”, pesada e que se encharcava em dias chuvosos, dificultando a precisão dos chutes.
Mas isso, claro, não impediu que o Brasil fosse campeão nem que um certo garoto apelidado de Pelé, então com 17 anos, assombrasse o mundo com momentos antológicos, como o gol na final, em que deu um lençol no zagueiro sueco e chutou a bola ainda no ar para o fundo das redes e da história. Mostrou que craque que é craque dá show com qualquer bola. E isso o mundo já está vendo na Copa da África do Sul, independentemente das polêmicas da bola.

FONTE:
http://www.agencia.fapesp.br/materia/12371/divulgacao-cientifica/nasa-e-ipt-analisam-bola-da-copa.htm

terça-feira, 22 de junho de 2010

Os metais podem ser extintos?????

Metais estão ameaçados de extinção, diz relatório da ONU

Redação do Site Inovação Tecnológica - 22/06/2010
Metais estão ameaçados de extinção, diz relatório da ONU

Os telefones celulares e os computadores podem usar até 40 elementos químicos, em quantidades que vão de miligramas a gramas. Não é à toa que virou um chavão afirmar que cada celular, além da mais moderna tecnologia, tem também metade da Tabela Periódica em seu interior. [Imagem: Unep]
Exaustão dos metais
"Os cientistas devem antever a possibilidade de que eles poderão não dispor de toda a Tabela Periódica para trabalhar no futuro," afirmou Thomas Graedel, ao divulgar um novo relatório da ONU sobre a oferta mundial de metais.
Na lista dos "metais ameaçados de extinção" estão lítio, neodímio e índio, todos elementos essenciais para a indústria eletrônica, principalmente o lítio, que é a base de todas as baterias dos equipamentos portáteis atuais.
A "extinção" referida é, na verdade, um risco de exaustão, o termo utilizado para se referir ao fim das reservas de uma mina - neste caso, os pesquisadores apontam o risco de exaustão não apenas de uma mina, mas de todas as reservas conhecidas no mundo.
Questão de reciclagem
Este é o primeiro de uma série de seis relatórios que estão sendo preparados pelo Programa da Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP) para a reunião Rio 2012.
"Exceto para os metais básicos principais e para dois metais preciosos, as taxas de reciclagem de todos os metais da Tabela Periódica são baixos," prossegue Graedel. "Isto significa que eles são usados uma vez e descartados, e este é um enfoque não sustentável."
A única saída para evitar a falta desses metais, segundo o relatório, é iniciar ou aumentar a reciclagem.
Meia Tabela Periódica em cada celular
Um dos maiores obstáculos para determinar a quantidade de metal com que a humanidade poderá contar no futuro é que apenas cerca de um terço deles conta com estatísticas ou estimativas sobre a quantidade já extraída e em uso. De todos eles, apenas cinco foram quantificados de forma segura.
Os telefones celulares e os computadores podem usar até 40 elementos químicos, em quantidades que vão de miligramas a gramas. Não é à toa que virou um chavão afirmar que cada celular, além da mais moderna tecnologia, tem também metade da Tabela Periódica em seu interior.
"Nós usamos muito material em estruturas altamente complexas. Nós estamos tornando difícil para a reciclagem lidar com eles," diz Graedel, que recomenda o redesenho de produtos e equipamentos como uma opção imediata para lidar com o desafio. Um desafio para os cientistas e para os engenheiros de materiais, segundo ele.
Metal mais raro
O relatório identificou o índio como um exemplo onde a demanda deverá crescer fortemente, com as 1.200 toneladas consumidas em 2010 devendo aumentar para 2.600 em 2020.
Usado na fabricação de LEDs e eletrodos transparentes para as telas planas e monitores e TVs, menos de 1% do índio hoje utilizado é reciclado.




Fonte:  Site Inovação Tecnológica- www.inovacaotecnologica.com.br
 URL: http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=metais-ameacados-extincao

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Nanotecnologia: nanotubos para melhorar baterias



Nanotubos para melhorar baterias
Cientistas do MIT aplicam nanotubos de carbono como eletrodos e conseguem aumentar em até dez vezes a capacidade energética de baterias de íons de lítio (MIT)

Divulgação Científica

Nanotubos para melhorar baterias

21/6/2010
Agência FAPESP – Um dos maiores problemas para a popularização dos automóveis elétricos é o desenvolvimento de baterias mais eficientes e de menores tamanho e custo. Um grupo de pesquisa do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, acaba de encontrar uma possível de solução, com base na nanotecnologia.
Os pesquisadores verificaram que usar nanotubos de carbono como eletrodos em uma bateria de íons de lítio levou a um aumento muito expressivo – de até dez vezes – na capacidade energética de uma bateria do tipo usada atualmente.
O estudo foi publicado neste domingo (20/6) na revista Nature Nanotechnology. De acordo com os autores, os nanoeletrodos podem ter muitas aplicações, inicialmente em pequenos aparelhos e, futuramente, em produtos que exigem maior quantidade de energia armazenada para funcionar, como automóveis.
Para produzir o novo material, o grupo do MIT usou um método de fabricação por camadas, no qual o material utilizado como base foi mergulhado seguidamente em soluções contendo nanotubos de carbono tratados com compostos orgânicos simples que produzem cargas positivas ou negativas.
Quando as camadas são alternadas na superfície, elas se unem fortemente, por causa das cargas complementares, levando à produção de um filme estável e durável.
Baterias como as de íons de lítio, muito comuns em eletrônicos portáteis, são feitas de três componentes básicos: dois eletrodos (o negativo ânodo e o positivo cátodo) separados por um eletrólito (um material condutivo por meio do qual partículas carregadas – os íons – podem se mover facilmente).
Quando essas baterias estão em uso, íons de lítio carregados positivamente se deslocam pelo eletrólito em direção ao cátodo, produzindo uma corrente elétrica. Quando são recarregadas, uma corrente externa faz com que esses íons se movam na direção oposta e ocupem os espaços no material poroso do ânodo.
No novo eletrodo, nanotubos de carbono – folhas de átomos de carbono enroladas em tubos com bilionésimos de metro – se uniram fortemente em uma estrutura porosa. Os nanotubos também podem armazenar na sua superfície grande quantidade de íons de lítio, o que faz com que as estruturas possam atuar como eletrodos positivos em baterias.
“Esse processo de automontagem eletrostática é importante porque, geralmente, nanotubos de carbono em uma superfície tendem a grudar uns nos outros em espécies de pacotes, diminuindo a superfície total onde podem ocorrer as reações”, disse Paula Hammond, professora de química do MIT e um dos autores do estudo.
Ao incorporar moléculas orgânicas nos nanotubos, os pesquisadores conseguiram reuni-los em uma forma com alto grau de porosidade, mesmo com um grande número de nanotubos.
Além da maior potência de saída, os eletrodos feitos de nanotubos de carbono apresentaram elevada estabilidade. Após 1 mil ciclos de carga e descarga para testar as baterias, não houve, segundo o estudo, mudança observável na performance do material.
O artigo High-power lithium batteries from functionalized carbon nanotube electrodes (doi: 10.1038/nnano.2010.116), de Paula Hammond e outros, pode ser lido por assinantes da Nature em www.nature.com/nano

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Newton e as derivadas

3.° episódio da série O Universo Mecânico (em 3 partes).
Neste episódio:
- Newton e as derivadas

O Universo Mecânico é uma série, em 52 episódios, produzida em 1985 pelo Caltech (Instituto de Tecnologia da Califórnia) e pela INTELECOM Intelligent Telecommunications e financiada pela Annenberg/CPB


PARTE 1



PARTE 2



PARTE 3

Olhando a Terra do espaço; a Geografia do sistema solar

 24.º episódio da série Espaçonave Terra, que mostra as relações entre a Terra, o Sol e os planetas do Sistema Solar, e as conseqüências dessa relação para a vida em nosso planeta - cada episódio equivale a uma semana do ano.


segunda-feira, 14 de junho de 2010

Importância e aplicações das Ligas Metálicas


Liga metálica

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre

Apesar da grande variedade de metais existentes, a maioria não é empregada em estado puro,
 mas em ligas com propriedades alteradas em relação ao material inicial, o que visa, entre outras
 coisas, a reduzir os custos de produção.
As indústrias automobilísticasaeronáuticasnavaisbélicas e de construção civil são as principais
 responsáveis pelo consumo de metal em grande escala. São também representativos os setores de
 eletrônica e comunicações, cujo consumo de metal, apesar de quantitativamente inferior, tem
 importância capital para a economia contemporânea. Ligas metálicas são materiais de propriedade
 semelhantes às dos metais e que contêm pelo menos um metal em sua composição. Há ligas formadas 
somente de metais e outras formadas de metais e semimetais (borosilícioarsênioantimônio) e de
 metais e não-metais (carbonofósforo).
É interessante constatar que as ligas possuem propriedades diferentes dos elementos que as originam.
 Algumas propriedades são tais como diminuição ou aumento do ponto de fusão, aumento da dureza
Ligas metálicas mais comuns no cotidiano:

Pérolas do vestibular na prova de redação da UFMG

PROVA DE REDAÇÃO DA UFMG
Onde vamos parar? Vejam só o que alguns dos vestibulandos foram capazes de escrever na prova de redação da Universidade Federal de Minas Gerais, tendo como o tema:

'A TV FORMA, INFORMA OU DEFORMA?'

A seleção foi feita pelo prof. José Roberto Mathias.

'A TV possui um grau elevadíssimo de informações que nos enriquece de uma maneira pobre, pois se tornamos uns viciados deste veículo de comunicação'. (Deus!)
'A TV no entanto é um consumo que devemos consumir paranossa formação, informação e deformação'. (Fantástica!)
'A TV se estiver ligada pode formar uma série de imagens, já desligada não...' (Ah bom, uma frase sobrenatural ) . 
'A TV deforma não só os sofás por motivo da pessoa ficar bastante tempo intertida como também as vista' (Sem comentários ).
'A televisão passa para as pessoas que a vida é um conto de fábulas e com isso fabrica muitas cabeças'
 (Como é que pode ?).
'Sempre ou quase sempre a TV está mais perto denosco (?), fazendo com que o telespectador solte o seu lado obscuro' ( esta é imbatível).
'A TV deforma a coluna, os músculos e o organismo em geral'(É praticamente uma tortura !).
'A televisão é um meio de comunicação, audição e porque não dizer de locomoção' (Tudo a ver). 
'A TV é o oxigênio que forma nossas idéias' (Sem ela este indivíduo não pode viver).
'..por isso é que podemos dizer que esse meio de transporte é capaz de informar e deformar os homens' (Nunca tentei dirigir uma TV ).
'A TV ezerce (Puxa!!! ) poder, levando informações diárias e porque não dizer
horárias'
 (Esse é humorista, além de tudo).
'E nós estamos nos diluindo a cada dia e não se pode dizer que a TV não tem nada a ver com isso' (Me explica isso? ).
'A televisão leva fatos a trilhares de pessoas' (É muita gente isso, hein?).
'A TV acomoda aos tele inspectadores' (Socorro!!!).
'A informação fornecida pela TV é pacífica de falhas' (Vixe!).
'A televisão pode ser definida como uma faca de trezgumes. Ela tanto pode formar, como informar, como deformar'( PQP, ondeessa criatura arrumou esta faca???).

obrigado pela visita

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