sexta-feira, 28 de junho de 2013

O Livro: do surgimento da escrita ao livro eletrônico

Prof. Adão Reinaldo Farias

Por volta de 30.000 anos atrás, no final do período Neolítico, surge a proto-escrita através da representação de símbolos, iniciando assim a história da comunicação humana. Embora não tenha significado linguístico, a proto-escrita forma as bases necessários para o desenvolvimento da escrita. A primeira forma de escrita registrada é a cuneiforme, no oriente médio, evoluindo para a escrita silábica, desenvolvida pelos povos sumérios na Mesopotâmia por volta de 3000 a.C., utilizada para para representar a língua falada, método que foi adotado pelos acádios e que leva a criação dos alfabetos.

O sumérios, utilizando tabletes de argila e pedra, criam os primeiros Livros, que eram compostos por lendas, poesias, assuntos administrativos, religiosos e leis.

Com a descoberta do papiro, obtido a partir de uma planta egípcia (parte que era liberada da planta), surge em latim a expressão liber libri, posteriormente Livro em português. O papiro é aos poucos substituído pelo pergaminho feito do couro de animais, que levava a vantagem de ser mais resistente e se conservar ao longo do tempo.

Na Europa da idade Média, o Livro sofre um pouco em consequência do fervor religioso. Os monges tornam-se copistas reproduzindo as obras e os textos para formação dos religiosos, os chamados textos didáticos. Aparecem as margens, as páginas em branco, a pontuação, o uso das letras maiúsculas, os índices, sumários e resumos, seguindo o Livro a sua evolução, quando o papel trazido por mercadores árabes da China no século XII substitui o pergaminho.

O Livro: A Epopéia de Gilganesh (trata-se de um poema épico da Mesopotâmia, tendo sua origem em diversos poemas e lendas sumérias) é reconhecido como mais antigo do mundo.

Com a invenção da imprensa com tipos móveis em 1455, através de Gutenberg, o primeiro Livro a ser impresso é a Bíblia em latim. Devido a redução nos custos de produção o Livro torna-se mais acessível e popular.

No Brasil o primeiro Livro a ser trazido pelos colonizadores foi a Bíblia. Depois os Jesuítas trouxeram outras obras para para ensinar e catequizar. Como a igreja dominava o mundo ocidental e proibia várias obras de circular em Portugal, isso se refletia no Brasil. Assim os livros proibidos só podiam circular aqui no Brasil de maneira clandestina.

Hoje por definição o Livro, tem que ter uma encadernação de capa e páginas em sequência e ser potável e são classificados em duas categorias: Livros de leitura sequencial e obras de referência.

As novidades na atualidades são: o audiolivro e o livro eletrônico.

O audiolivro, audiobook ou livro falado é a gravação em CD, MP3, WMA, OGG e outros formatos de conteúdos de um lido em voz alta, podendo ser encontrado na internet em versões gratuitas ou pagas. Ideal para serem utilizados por pessoas portadoras de necessidades especiais visuais e por quem quer otimizar seu tempo, devido a falta de tempo para poder ler o Livro impresso.

O Livro eletrônico, Livro digital ou Ebook: é um livro no formatos PDF, HTML e ePUB (formato de arquivo digital específico para Ebooks) para ser lido em computadores, tablets ou leitores de livro digital. Pode ser encontrados na internet em versões pagas e gratuitas. É um dispositivo de armazenamento de um custo baixo, chegando rápido as mãos do leitor, com preço até 80% menor que o livro impresso. Outra vantagem é a portabilidade, visto que pode ser armazenado em diversos dispositivos, como por exemplo cartão de memória. Hoje há softwares que fazem a leitura de um audiolivro e ainda o converte em um mídia sonora, através do formato MP3, criando os audiobooks. A desvantagem é que a leitura do livro é ainda 1,2 vezes mais rápida que a do livro digital.

Não se pode dizer ainda que o livro eletrônico é o continuador do livro, mas como incorpora novas mídias (som e imagens),vem ganhando cada vez mais espaço.

Para reflexão o poema de João André Soares:

O LIVRO

O Livro é um amigo
Com ele viajamos sem cessar.
Além do horizonte, além do mar...

Ao ler um livro,
Posso ser nuvem que flutua no céu,
Ou barco que corta as ondas de um sereno mar...

A voar, a flutuar,
Ou a cantar, ao lermos um livro
Percorremos um arco-íris nas asas da imaginação!...

Um livro pode relatar uma vida
De amor ou de tristeza
Para sempre marcada no nosso coração...

Um livro pode também
Informar-nos da injustiça,
Da angústia, da tristeza
Que rodeia o mundo.
Como névoa
Que se não dissipa!...
Afinal, o livro é um amigo... o amigo...

Referências:

http://www.ipv.pt/millenium/19_pers2.htm , acessado em 23/06/2013.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Livro , acessado em 23/06/2013.

terça-feira, 18 de junho de 2013

O uso da internet e dos blogs na Educação

Prof. Adão Reinaldo Farias

Com a popularização dos computadores, com o avanço das tecnologias e a propagação da internet, cada vez mais faz-se necessário propor a utilização da internet e dos blogs na educação.
Segundo Nascimento, a escola não pode ignorar a influência da internet na vida das pessoas da sociedade moderna. Ao contrário, a escola pode utilizar a internet como mais um recurso para dinamizar e facilitar o processo de ensino-aprendizagem.

A internet é uma tecnologia que facilita a motivação dos alunos pela novidade e pelas possibilidades inesgotáveis de pesquisa que oferece. Essa motivação aumenta se o professor proporcionar um clima de confiança, abertura, cordialidade com os alunos. Mais que a tecnologia, o que facilita o processo de ensino-aprendizagem é a capacidade de comunicação autêntica do professor ao estabelecer relações de confiança com seus alunos por meio do equilíbrio, competência e simpatia com que atua. O aluno desenvolve a aprendizagem cooperativa, a pesquisa em grupo, a troca de resultados (MORAN,1998).

Segundo Nascimento alguns dos principais ganhos pedagógicos possíveis com a internet são:
Acessibilidade a fontes inesgotáveis de assuntos para pesquisas.
Páginas educacionais específicas para a pesquisa escolar.
Páginas para busca de software.
Comunicação e interação com outras escolas.
Estímulo para pesquisar a partir de temas previamente definidos ou a partir da curiosidade dos próprios alunos.
Desenvolvimento de uma nova forma de comunicação e socialização.
Estímulo à escrita e à leitura.
Estímulo à curiosidade.
Estímulo ao raciocínio lógico.
Desenvolvimento da autonomia.
Possibilidade do aprendizado individualizado.
Troca de experiências entre professores/professores, aluno/aluno e professor/aluno.

Laboratórios de informática com internet, já estão presentes em muitas escolas do país. Saber utilizar estes recursos de forma que produzam aprendizagem torna-se um grande desafio aos educadores brasileiros .
O computador sozinho não produz conhecimento, é apenas uma ferramenta para ser utilizada como recurso didático, para isso necessita-se de professores preparados e treinados para utilizá-los.
O professor tem que ser o orientador, para que o aluno não se torne um mero digitador e fazedor de cópias (Ctrl+A e Ctrl+C). O aluno tem que ser estimulado a produzir conhecimento através da utilização do computador, pois os software por si próprio não geram aprendizagem.
O aluno deve ser colocado como sujeitos ativos na frente do computador, com as ferramentas tecnológicas servindo de base para a criação. Nesse sentido é importante destacar os blogs, que são publicações coletivas, com comentários abertos ou não, para qualquer participante que deseja se integrar nesta rede; Tanto as publicações (posts) como os comentários podem ser habilitados e desabilitados no Blog para outras pessoas interagirem ou não, depende da metodologia de utilização que cada grupo definir. Ainda pode-se destacar que o blogs propõem uma abordagem onde professores de diversas modalidades de ensino sejam capacitados a serem co-autores de atividades e assuntos que podem ser abordados com os alunos ao mesmo tempo que vão criando domínio da ferramenta.
- Os conhecimentos adquiridos durante os projetos de estudo, bem como as demais 
atividades, podem ser registradas no Blog, sendo possível enriquecer os relatos com
links, fotos, ilustrações e sons.
- Os blogs são usados com o objetivo de desenvolver o hábito de registro e para divulgar
boas iniciativas. São estratégias que visam dar a palavra aos estudantes e 
desenvolver a sua criatividade.

Segundo Ferreira os blogs podem:

- Apresentar várias etapas de um projeto desenvolvido na escola, na sala, em grupos ou mesmo individual;
- Criação de um jornal on line;
- Divulgação de atividades ;
- Apoio à um eixo de trabalho(ou mesmo à uma disciplina)
- Preparar para encontros educacionais ente os profissionais, ou mesmo entre estudantes;
- Divulgação de produções dos alunos em diferentes áreas de conhecimento;
- Divulgar estudos realizados pelos alunos;
- Desenvolver a curiosidade tecnológica, incentivando o aluno a busca diferentes linguagens de programação ;
- Desenvolver habilidades e competências nas diferentes áreas de conhecimento, aplicando os conteúdos estabelecidos em currículo;
- Trabalhar com imagens criadas ou registradas pelos próprios alunos, ampliando suas habilidades cognitivas na área de criação.
- Elaborar templates que desenvolvem além de conhecimentos, técnicas e habilidades próprias, possibilitam utilizar-se da criatividade, da ética , e de muitos outros componentes da cidadania.
- Podem elaborar animações para postar no blog, como resultados de trabalhos.
- Trazer a discussão de valores e da moral, quando na postagem de comentários, observando os limites do respeito à produção do próximo;
- Ajudar a comunidade escolar com esclarecimentos e informações elaboradas pelos próprios alunos.
- Incentivar a criação de concursos entre os alunos de suas produções;

Referências:

domingo, 2 de junho de 2013

Projeto: A Educação Ambiental no ensino de Química

Identificação da Escola:

Colégio Estadual Conjunto João de Barro – Marialva – PR.

Tema da Proposta:

A Educação Ambiental no ensino de Química

Objetivos:

Com a apresentação dos vídeos, espera-se que o aluno desenvolva uma consciência de preservação do meio ambiente, que entenda e questione a Ciência de seu tempo e os avanços tecnológicos, que construa e reconstrua o significado dos conceitos químicos e tome posições frente as situações sociais e ambientais desencadeadas pela produção do conhecimento químico.

Justificativa:

De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases (Lei 9394/96), é obrigatório o ensino de Educação Ambiental para todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente. E como falar em Educação Ambiental sem conhecer a Química Ambiental? A utilização das mídias faz-se necessário no sentido de chamar a atenção do aluno, através do uso das imagens, para despertá-lo para os problemas ambientais da sociedade atual.

Público a ser envolvido:

2.° ano – Turma A - Ensino Médio

Mídias e Tecnologias a serem utilizadas:

Sala de informática, internet e Tv pendrive (multimídia).

Proposta preliminar das etapas/ações a serem realizadas:

1.ª aula:
1.° momento – apresentação do vídeo vitimas do acidente nuclear.

2.° tema para discussão: A energia hoje e amanhã – poluição
.
3.° apresentação do vídeo carta escrita.

4.º debate: O que será do Planeta?

2.ª aula:
Aula experimental : Provocando a chuva ácida

Referência: Este experimento foi desenvolvido pela aluna Aline Escocard Siqueira sob a orientação da profa. Maria Cristina Canela (LCQUI-CCT-UENF)

Materiais:
• Bico de Bunsen ou fogareiro de camping
• Bomba de aquário
• Água
• Balão volumétrico de 200mL com tampa
• 3 pedaços de mangueira (borracha de látex)
• 2 vidros com tampa (frascos vazios de maionese ou de leite de coco com tampa)

Procedimento

Faça a ligação com um pedaço de mangueira na saída de ar da bombinha de aquário com a tampa da garrafa. Com outro pedaço de mangueira, ligue o outro furo à tampa do vidro 1, e por último ligue o vidro 1 no vidro 2, que contém água e está sobre o bico de Bunsen.
Conecte a garrafa contendo o gás da parte 1 à bomba de aquário e ao vidro 1. Ligue a bomba e observe o que acontece.

O que ocorre?

Ao ligar a bomba de aquário, ela empurra o gás dióxido de nitrogênio que estava no balão para o vidro 1. Este gás (NO2) entra em contato com o vapor de água que se formou no vidro 2 e que também foi transferido para o vidro 1, formando o ácido nitroso (HNO2) e o ácido nítrico (HNO3).
2NO2 (g) + H2O(l) = HNO2(aq) + HNO3(aq)

Quando esses dois ácidos entram em contato com o oxigênio do ar, formam a chuva ácida.
2HNO2 + O2 = 2HNO3

Para verificar a acidez da solução formada, pode ser usado um papel indicador de ácido ou colocar um pedaço de casca de ovo em contato com a solução ácida. O ácido reage com o CaCO3 (carbonato de cálcio existente na casca do ovo) promovendo a dissolução e desprendimento de CO2 (formando pequenas bolhas). Desta forma, é possível demonstrar a ação do ácido sobre materiais feitos a base de carbonato de cálcio, como monumentos de mármore quando expostos por vários anos a este tipo de poluição atmosférica se decompõem.
CaCO3 + 2H+ ---> CO2 + H2O + Ca2+

CaCO3 ---> CaO + CO2

O que fazer com o resíduo?

Neutralizar com soda cáustica ou bicarbonato de sódio que podem ser encontrados no mercado. A neutralização pode ser feita também com a própria casca de ovo

3.ª aula

-Trabalho (atividades avaliadas), com 05 questões de múltipla escolha e 05 questões abertas.
- Apresentação do relatório sobre a atividade experimental.

Período de realização:

20 e 27 de junho de 2013.



Referências:

PARANÁ. Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes curriculares de rede pública de educação básica do Estado do Paraná. Curitiba, 2008.

QUÍMICA AMBIENTAL. (1999) Disponível em: http:www.wikipedia.org.br. Acesso em: 24 abril. 2011.

BRASIL. A Lei N° 9.793. A Educação Ambiental tornou-se lei em 27 de Abril de 1995

BAIRD, C.. Química ambiental. 2.ed. Porto Alegre: Bookman, 2002.

QUÍMICA AMBIENTAL. Disponível em: http://www.uenf.br/uenf/centros/cct/qambiental/ Acesso em: 24 abril. 2011.




obrigado pela visita

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