Prof. Adão Reinaldo Farias
Por
volta de 30.000 anos atrás, no final do período Neolítico, surge a
proto-escrita através da representação de símbolos, iniciando
assim a história da comunicação humana. Embora não tenha
significado linguístico, a proto-escrita forma as bases necessários
para o desenvolvimento da escrita. A primeira forma de escrita
registrada é a cuneiforme, no oriente médio, evoluindo para a
escrita silábica, desenvolvida pelos povos sumérios na Mesopotâmia
por volta de 3000 a.C., utilizada para para representar a língua
falada, método que foi adotado pelos acádios e que leva a criação
dos alfabetos.
O
sumérios, utilizando tabletes de argila e pedra, criam os primeiros
Livros, que eram
compostos por lendas, poesias, assuntos administrativos, religiosos e
leis.
Com
a descoberta do papiro,
obtido a partir de uma planta egípcia (parte que era liberada da
planta), surge em latim a
expressão liber libri, posteriormente Livro
em português. O papiro é aos poucos substituído pelo pergaminho
feito do couro de animais, que levava a vantagem de ser mais
resistente e se conservar ao longo do tempo.
Na
Europa da idade Média, o Livro sofre
um pouco em consequência do fervor religioso. Os monges tornam-se
copistas reproduzindo as obras e os textos para formação dos
religiosos, os chamados textos didáticos. Aparecem as margens, as
páginas em branco, a pontuação, o uso das letras maiúsculas, os
índices, sumários e resumos, seguindo o Livro
a sua evolução, quando o papel trazido por mercadores árabes da
China no século XII substitui o pergaminho.
O
Livro: A Epopéia de
Gilganesh (trata-se de um poema épico da Mesopotâmia, tendo sua
origem em diversos poemas e lendas sumérias) é reconhecido como
mais antigo do mundo.
Com
a invenção da imprensa com tipos móveis em 1455, através de
Gutenberg, o primeiro Livro
a ser impresso é a Bíblia em latim. Devido a redução nos custos
de produção o Livro
torna-se mais acessível e popular.
No
Brasil o primeiro Livro
a ser trazido pelos
colonizadores foi a Bíblia. Depois os Jesuítas trouxeram outras
obras para para ensinar e catequizar. Como
a igreja dominava o mundo ocidental e proibia várias obras de
circular em Portugal, isso se refletia no Brasil. Assim os livros
proibidos só podiam circular aqui no Brasil de maneira clandestina.
Hoje
por definição o Livro, tem
que ter uma encadernação de capa e páginas em sequência e ser
potável e são
classificados em duas categorias: Livros
de leitura sequencial e obras de referência.
As
novidades na atualidades são: o audiolivro e
o livro eletrônico.
O audiolivro, audiobook ou
livro falado é a gravação em CD, MP3, WMA, OGG e outros
formatos de conteúdos de um lido em voz alta, podendo ser
encontrado na internet em versões gratuitas ou pagas. Ideal para
serem utilizados por pessoas portadoras de necessidades especiais
visuais e por quem quer otimizar seu tempo, devido a falta de tempo
para poder ler o Livro impresso.
O Livro eletrônico, Livro digital
ou Ebook: é um livro no formatos PDF, HTML e ePUB (formato de
arquivo digital específico para Ebooks) para ser lido em
computadores, tablets ou leitores de livro digital. Pode ser
encontrados na internet em versões pagas e gratuitas. É um
dispositivo de armazenamento de um custo baixo, chegando rápido as
mãos do leitor, com preço até 80% menor que o livro impresso.
Outra vantagem é a portabilidade, visto que pode ser armazenado em
diversos dispositivos, como por exemplo cartão de memória. Hoje há
softwares que fazem a leitura de um audiolivro e ainda o
converte em um mídia sonora, através do formato MP3, criando os
audiobooks. A desvantagem é que a leitura do livro é
ainda 1,2 vezes mais rápida que a do livro digital.
Não se pode dizer ainda que o livro
eletrônico é o continuador do livro, mas como incorpora
novas mídias (som e imagens),vem ganhando cada vez mais espaço.
Para reflexão o poema de João André
Soares:
O
LIVRO
O Livro é um amigo
Com
ele viajamos sem cessar.
Além
do horizonte, além do mar...
Ao ler um livro,
Posso
ser nuvem que flutua no céu,
Ou
barco que corta as ondas de um sereno mar...
A
voar, a flutuar,
Ou a
cantar, ao lermos um livro
Percorremos
um arco-íris nas asas da imaginação!...
Um
livro pode relatar uma vida
De
amor ou de tristeza
Para
sempre marcada no nosso coração...
Um
livro pode também
Informar-nos
da injustiça,
Da
angústia, da tristeza
Que
rodeia o mundo.
Como
névoa
Que
se não dissipa!...
Afinal,
o livro é um amigo... o amigo...
Referências:
http://www.ipv.pt/millenium/19_pers2.htm
, acessado em 23/06/2013.
http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/fundamentos/quem-inventou-livro-492512.shtml
, acessado em 23/06/2013.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Livro
, acessado em 23/06/2013.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Livro_digital
, acessado em 23/06/2013.