domingo, 9 de outubro de 2011

Raio X - Ondas Eletromagnéticas


Raios X

Na medicina

Os raios X são utilizados principalmente em exames, de forma mais comum em casos de fraturas. A tomografia computadorizada é um tipo de exame que também utiliza raios X e permite um exame mais detalhado dos órgão internos.

Tomografia computadorizada

Imagem representativa da realização de tomografia.

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Imagens: imagem 01imagem 02imagem 03imagem 04.

Na indústria

Os raios X também são utilizados no controle de qualidade para detectar falhas em peças, especialmente as metálicas. Essa técnica é chamada radiolocalização.

Como funcionam os raios X

Assim como muitas das grandes descobertas do ser humano, a tecnologia dos raios X foi inventada completamente por acidente. Em 1895, um físico alemão chamado Wilhelm Roentgen fez essa descoberta enquanto fazia uma experiência com feixes de elétrons em um tubo de descarga de gás. Roentgen percebeu que uma tela fluorescente (em inglês) em seu laboratório começava a brilhar quando o feixe de elétrons era ligado. Somente essa reação não era tão surpreendente: material fluorescente normalmente brilha ao reagir com radiação eletromagnética; mas o tubo de Roentgen estava rodeado com papelão grosso e preto. Roentgen supôs que isso bloquearia a maior parte da radiação.

Roentgen colocou vários objetos entre o tubo e a tela e ela ainda brilhava. Finalmente, ele colocou sua mão na frente do tubo e viu a silhueta de seus ossos projetada na tela fluorescente. Assim ele acabava de descobrir os raios X e uma de suas aplicações mais importantes.

A extraordinária descoberta de Roentgen possibilitou um dos maiores avanços na história humana. A tecnologia dos raios X permite que os médicos vejam através dos tecidos humanos e examinem, com extrema facilidade, ossos quebrados, cavidades e objetos que foram engolidos. Procedimentos com raios X modificados podem ser usados para examinar tecidos mais moles, como os pulmões, os vasos sanguíneos ou os intestinos.

Neste artigo, descobriremos como as máquinas de raios X conseguem fazer este truque incrível. Como veremos, o processo básico é na verdade muito simples.
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Este conteúdo foi acessado em 09/10/2011 do sítio: HowStuffWorks - Como Tudo Funciona
Todas as modificações posteriores são de responsabilidade do autor original da matéria.

Óptica - Laser e a visão humana



Os médicos usam lasers para várias finalidades. Como por exemplo, para cortar ou fechar cortes do tecido do corpo.

Os oftalmologistas usam lasers para tratar de descolamento de retina, corrigir miopia, e outros fins cirúrgicos.

Na área da dermatologia também existe uma grande aplicação do laser para diversos tratamentos.

Laser - Visão Humana

Imagem referente ao olho com astigmatismo.

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Cirurgia a laser

Aplicação de feixes de luz (raio laser) sobre a lesão para cortá-la ou vaporizar as células que a compõem.

Histórico

A evolução extraordinariamente rápida dos lasers na medicina e cirurgia ocorreu dentro de quatro décadas desde que o primeiro laser, de rubi, foi usado no tratamento de doenças cutâneas. Nos anos 60 e 70, o argônio e lasers de CO2 de onda contínua (CW) foram usados para cortar ou coagular lesões superficiais da pele.

A teoria da fototermólise seletiva, proposta por Anderson e Parrish, em 1983, levou ao desenvolvimento de lasers pulsados de alta energia capazes de destruir seletivamente células e suas organelas.

Aspectos-chave

O laser possui um alcance de expansão rápido de aplicações na medicina e cirurgia. Avanços tecnológicos e uma melhor compreensão de interações entre tecido e laser levaram ao desenvolvimento de lasers de alta energia pulsados que podem alcançar de forma seletiva diferentes estruturas da pele, tais como vasos sanguíneos, partículas de pigmento e folículos pilosos.

A proteção da epiderme com sistemas de resfriamento ativos durante o tratamento a laser de lesões cutâneas reduz o risco de efeitos colaterais, aumenta a tolerabilidade do paciente, permite o uso de fluências mais altas para uma eficácia maior do tratamento. O uso de comprimentos de ondas mais longos, durações de pulso mais longas e fluência mais alta, juntamente com resfriamento ativo da epiderme têm melhorado significativamente a habilidade dos lasers de tratar lesões vasculares.

O tratamento a laser de lesões pigmentadas está bem estabelecido, mas existe uma controvérsia contínua quanto ao tratamento apropriado de nevos melanocíticos congênito e adquirido.

Rejuvenescimento da pele a laser sem uso de corte tem sido recentemente introduzido na prática clínica, oferecendo uma alternativa ao érbio: lasers de CO2 escaneados ou pulsados e erbium:YAG para pacientes com cicatrizes e rugas suaves.

Redução capilar por tempo prolongado é agora viável, em indivíduos pouco ou muito pigmentados, devido à disponibilidade de lasers com comprimentos de ondas e durações de pulsos variáveis.

Deste modo, a utilização do laser na dermatologia sofreu nos últimos tempos avanço extraordinariamente rápido sendo atualmente muito utilizado no tratamento de lesões cutâneas: vasculares, pigmentadas e rejuvenescimento cutâneo.
Revisado por Dra. Alessandra Cesário

Este conteúdo foi acessado em 09/10/2011 do sítio: SBCD - Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica.
Todas as modificações posteriores são de responsabilidade do autor original da matéria.

Substâncias em condimentos protegem da exposição ao mercúrio





Compostos presentes em alimentos consumidos por populações ribeirinhas da região amazônica podem reduzir os danos causados pela exposição ao mercúrio. Experimentos realizados na Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP) da USP mostraram que a quercertina, a bixina e a norbixina, existentes na cebola e no urucum (colorau) e usados como condimentos, podem reduzir o estresse oxidativo e o dano genético causados pela exposição ao metal, que é altamente tóxico ao organismo.


A pesquisa teve origem na constatação de que populações ribeirinhas no Pará estão expostas a elevadas concentrações de mercúrio, que tem origem não apenas nas atividades de garimpo, mas também no próprio solo do local. “A exposição acontece principalmente devido ao consumo de peixes, com o mercúrio sendo incorporado por meio da cadeia alimentar aquática”, diz Gustavo Rafael Mazzaron Barcelos, autor da pesquisa. “Uma vez constatados os danos, o estudo procurou verificar se alguns compostos presentes na dieta poderiam minimizar os efeitos nocivos que o mercúrio possa causar.”

Os testes utilizaram substâncias que já tinham atividade protetora atestada em outros trabalhos. “Foram testados a quercetina, um flavonóide presente na cebola e em frutas cítricas como o limão e a laranja, e a bixina e a norbixina, que são os principais carotenóides presentes no urucum”, conta o pesquisador. “Tanto a cebola quanto o urucum, na forma de colorau, são muito usados como condimentos pela população”.

Os experimentos foram conduzidos in vitro, com cultura de células de hepatoma humano (HepG2), e in vivo, com ratos Wistar. “As análises avaliaram o dano genético por meio do ensaio do cometa e alterações de parâmetros bioquímicos relacionados ao estresse oxidativo (glutationa reduzida, glutationa peroxidase, MDA e espécies reativas do oxigênio intracelulares) induzidos pela exposição ao metal”, afirma Gustavo. “Em ambos os experimentos, registrou-se uma redução significativa dos danos no material genético e do restabelecimento dos parâmetros relacionados ao estado redox das células.

Proteção

De acordo com Gustavo, o estudo comprovou o efeito dos compostos isolados, ou seja, quercetina, bixina e norbixina na proteção contra a exposição ao metal.“Anteriormente, alguns trabalhos já haviam demonstrado que a cebola e o urucum na alimentação poderiam trazer efeito protetor a seres humanos.”

A pesquisa teve orientação do professor Fernando Barbosa Júnior, da FCFRP, que há vários anos realiza estudos junto a populações amazônicas relacionadas com a contaminação por mercúrio. “Os resultados dos experimentos in vitro e in vivo fornecem as primeiras evidências para que se possam verificar os efeitos do flavonóide e dos carotenóides nas pessoas que vivem naquela região”, diz o pesquisador.

“A partir dessa observação, é possível desenvolver um trabalho de orientação para o aumento no consumo desses alimentos, já bastante comuns na dieta local, por exemplo”. Graduado em Biomedicina, Gustavo continuará com as pesquisas na região Amazônica, agora focadas nas concentrações de mercúrio no sangue e cabelo coletados dos moradores da região.

“Pesquisas com populações da Europa demonstraram que o polimorfismo de alguns genes responsáveis pelo metabolismo do mercúrio está associado a elevadas concentrações do metal no organismo”, afirma. “O estudo irá verificar se o processo acontece também na população amazônica, que apresentam características genéticas bem diferentes das européias”.



Esta notícia foi publicada em 05/10/2011 no sítio da Agência USP. Todas as informações nela contida são de responsabilidade do autor.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Pré-sal: gastar ou investir?

Imagem esquemática do pré-sal.Neste mês, o Congresso Nacional terá nas mãos o poder de exercer forte influência sobre como será o futuro do Brasil. Dentro de alguns dias, irá à votação na Câmara Federal o Projeto de Lei nº8.051/2010, que definirá os destinos dos royalties provenientes da exploração do pré-sal. Uma vez que as reservas poderão conter entre 40 bilhões e 80 bilhões de barris, com o barril a US$ 100 e royalties a 15%, serão aportados nos cofres púbicos entre US$ 600 bilhões e US$ 1,2 trilhão, num período entre 20 e 40 anos, se extraídos uma média de cinco milhões de barris/dia.

Enfatizando que reservas de petróleo são finitas, a grande questão que se apresenta é o que vamos fazer com esse dinheiro: gastar em despesas correntes ou investir na construção do futuro? A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e a Academia Brasileira de Ciências (ABC) estão muito preocupadas com a resposta que teremos para essa questão.

Em um País com tantas necessidades como o nosso, são elevadas as chances de se querer utilizar os royalties do pré-sal para resolver carências conjunturais esparsas e corrigir desajustes regionais de ocasião, em vez de aplicá-los na superação das grandes falhas estruturais da vida nacional e no incremento de atividades portadoras de futuro para o conjunto da sociedade brasileira.

Assim, a SBPC e a ABC estão propondo à sociedade brasileira e a todos os agentes da vida política - dos vereadores à presidente da República - que os royalties do pré-sal sejam investidos, majoritariamente, na educação e em ciência e tecnologia. A razão dessa escolha é proporcionar desenvolvimento econômico e social ao Brasil e nos inserirmos na economia do conhecimento, de modo a enterrar de vez o passado de subdesenvolvimento. É a opção por investir em vez de gastar.

O mundo de hoje abriga duas características principais - inovação tecnológica e sustentabilidade -, que exigem dos países produção científica e tecnológica de ponta e educação de qualidade. Investir em inovação deixou de ser uma possibilidade, uma opção, para os países e suas empresas. Economia que se pretende representativa no mercado global não pode prescindir da inovação como elemento estratégico para sua competitividade e geração de riqueza. Quanto à sustentabilidade, não há mais o que discutir. Precisamos garantir que, doravante, as práticas econômicas, sociais e culturais promovam a utilização econômica dos recursos naturais, mas sem destruí-los ou esgotá-los.

Inovação e sustentabilidade exigem, portanto, da ciência e da tecnologia um protagonismo que nunca foi exigido em outras épocas, o que demanda recursos correspondentes com os novos desafios. O conhecimento científico está na base do desenvolvimento de novos produtos e processos, o que torna as empresas mais competitivas no mercado global e faz enriquecer economias nacionais. Da mesma forma, a ciência é o único meio para se conhecer os recursos naturais e se saber como

utilizá-los de modo sustentável.

Diante desse quadro, resta uma questão: o ensino oferecido no Brasil, hoje, está à altura do padrão que se requer do cidadão para que ele tenha uma atuação afirmativa em termos da inovação tecnológica e da sustentabilidade? Infelizmente, a resposta é não. Nossa educação básica é altamente deficiente; se ela atendia sofrivelmente aos requisitos da "velha economia", não terá como promover o país à nova economia do planeta.

Nos anos recentes, conseguimos universalizar nossa educação básica. Agora, precisamos de novos esforços e recursos para que essa educação tenha qualidade. Os recursos do pré-sal devem ser aplicados para melhorar nossa educação. Com isso, além de resgatarmos um débito social histórico, vamos dar às nossas crianças e aos nossos jovens um ensino que os habilitará para o exercício pleno da cidadania.

Os benefícios da educação de qualidade como um projeto nacional serão sentidos em todas as localidades do País. Da mesma maneira, a utilização da ciência e da tecnologia como fonte de uma economia inovadora e sustentável elevará o Brasil à condição de nação moderna e desenvolvida.

Helena Nader é biomédica, presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), professora titular da Unifesp e membro titular da Academia Brasileira de Ciências (ABC). Jacob Palis é matemático, presidente da ABC, pesquisador do Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa) e ex-vice-presidente da SBPC.



A petição pública: "O petróleo é nosso para a educação, ciência, tecnologia e inovação", está disponível para assinatura através do link e participe:http://www.peticaopublica.com.br/?pi=PL8051. Divulgue!

obrigado pela visita

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