terça-feira, 13 de maio de 2014

Atividade: 1.ª Lei de Newton - Inércia


     A tecnologia do cinto de segurança, do air-bag e a Inércia

Série: 1.º ano do ensino médio

Objetivos:

Aplicar tecnologicamente a lei da Inércia (1.ª lei do movimento) no cotidiano. Conscientizar sobre o respeito às leis de trânsito, em especial a lei obrigatória sobre o uso do cinto de segurança.

Apresentação:

A lei da Inércia também explica por que as pessoas se ferem nos acidentes automobilísticos. Se a velocidade de um veículo é interrompida bruscamente, por causa de uma colisão, o carro para, porém o passageiro continua em movimento até ser parado pelo para-brisa ou outras partes do automóvel. Para minimizar esses efeitos, alguns itens de segurança são importantes.

Pesquisa:

Utilizando sites da internet, revistas de divulgação científica e os livros da biblioteca da escola, pesquise sobre o funcionamento do cinto de segurança e do air-bag, quando foram inventados, quais as estatísticas de acidentes no trânsito relacionadas à falta do cinto de segurança e a lei federal que torna obrigatório o uso do cinto.

Algumas questões para orientar sua pesquisa:

1) Como funcionam o cinto de segurança e o air-bag?

2) Que conceito físico estudado neste conteúdo, leis de Newton (leis do movimento) está relacionado a esses importantes itens de segurança dos veículos?

3) O air-bag ainda será um item obrigatório nos veículos? Quando foi inventado?

4) Quando foi inventado o cinto de segurança? Cite a lei do Código de Trânsito Brasileiro que torna obrigatório o uso de cinto de segurança.

5) Verifique algumas estatísticas de trânsito relacionados à falta do cinto de segurança e posicione-se contra ou a favor da lei apresentada na questão anterior.

6) Assista aos vídeos nos seguintes links:



Atividade:

Redija um texto e selecione imagens para elaborar um painel para apresentar essa aplicação tecnológica associada ao conhecimento físico para seus colegas da escola.


Adaptado do livro: Física em Contextos: pessoal, social e histórico: movimento, força, astronomia / Maurício Pietrocola Pinto de Oliveira [et al.] - 1. ed.- v. 1 - São Paulo: FTD, 2010.

sexta-feira, 28 de junho de 2013

O Livro: do surgimento da escrita ao livro eletrônico

Prof. Adão Reinaldo Farias

Por volta de 30.000 anos atrás, no final do período Neolítico, surge a proto-escrita através da representação de símbolos, iniciando assim a história da comunicação humana. Embora não tenha significado linguístico, a proto-escrita forma as bases necessários para o desenvolvimento da escrita. A primeira forma de escrita registrada é a cuneiforme, no oriente médio, evoluindo para a escrita silábica, desenvolvida pelos povos sumérios na Mesopotâmia por volta de 3000 a.C., utilizada para para representar a língua falada, método que foi adotado pelos acádios e que leva a criação dos alfabetos.

O sumérios, utilizando tabletes de argila e pedra, criam os primeiros Livros, que eram compostos por lendas, poesias, assuntos administrativos, religiosos e leis.

Com a descoberta do papiro, obtido a partir de uma planta egípcia (parte que era liberada da planta), surge em latim a expressão liber libri, posteriormente Livro em português. O papiro é aos poucos substituído pelo pergaminho feito do couro de animais, que levava a vantagem de ser mais resistente e se conservar ao longo do tempo.

Na Europa da idade Média, o Livro sofre um pouco em consequência do fervor religioso. Os monges tornam-se copistas reproduzindo as obras e os textos para formação dos religiosos, os chamados textos didáticos. Aparecem as margens, as páginas em branco, a pontuação, o uso das letras maiúsculas, os índices, sumários e resumos, seguindo o Livro a sua evolução, quando o papel trazido por mercadores árabes da China no século XII substitui o pergaminho.

O Livro: A Epopéia de Gilganesh (trata-se de um poema épico da Mesopotâmia, tendo sua origem em diversos poemas e lendas sumérias) é reconhecido como mais antigo do mundo.

Com a invenção da imprensa com tipos móveis em 1455, através de Gutenberg, o primeiro Livro a ser impresso é a Bíblia em latim. Devido a redução nos custos de produção o Livro torna-se mais acessível e popular.

No Brasil o primeiro Livro a ser trazido pelos colonizadores foi a Bíblia. Depois os Jesuítas trouxeram outras obras para para ensinar e catequizar. Como a igreja dominava o mundo ocidental e proibia várias obras de circular em Portugal, isso se refletia no Brasil. Assim os livros proibidos só podiam circular aqui no Brasil de maneira clandestina.

Hoje por definição o Livro, tem que ter uma encadernação de capa e páginas em sequência e ser potável e são classificados em duas categorias: Livros de leitura sequencial e obras de referência.

As novidades na atualidades são: o audiolivro e o livro eletrônico.

O audiolivro, audiobook ou livro falado é a gravação em CD, MP3, WMA, OGG e outros formatos de conteúdos de um lido em voz alta, podendo ser encontrado na internet em versões gratuitas ou pagas. Ideal para serem utilizados por pessoas portadoras de necessidades especiais visuais e por quem quer otimizar seu tempo, devido a falta de tempo para poder ler o Livro impresso.

O Livro eletrônico, Livro digital ou Ebook: é um livro no formatos PDF, HTML e ePUB (formato de arquivo digital específico para Ebooks) para ser lido em computadores, tablets ou leitores de livro digital. Pode ser encontrados na internet em versões pagas e gratuitas. É um dispositivo de armazenamento de um custo baixo, chegando rápido as mãos do leitor, com preço até 80% menor que o livro impresso. Outra vantagem é a portabilidade, visto que pode ser armazenado em diversos dispositivos, como por exemplo cartão de memória. Hoje há softwares que fazem a leitura de um audiolivro e ainda o converte em um mídia sonora, através do formato MP3, criando os audiobooks. A desvantagem é que a leitura do livro é ainda 1,2 vezes mais rápida que a do livro digital.

Não se pode dizer ainda que o livro eletrônico é o continuador do livro, mas como incorpora novas mídias (som e imagens),vem ganhando cada vez mais espaço.

Para reflexão o poema de João André Soares:

O LIVRO

O Livro é um amigo
Com ele viajamos sem cessar.
Além do horizonte, além do mar...

Ao ler um livro,
Posso ser nuvem que flutua no céu,
Ou barco que corta as ondas de um sereno mar...

A voar, a flutuar,
Ou a cantar, ao lermos um livro
Percorremos um arco-íris nas asas da imaginação!...

Um livro pode relatar uma vida
De amor ou de tristeza
Para sempre marcada no nosso coração...

Um livro pode também
Informar-nos da injustiça,
Da angústia, da tristeza
Que rodeia o mundo.
Como névoa
Que se não dissipa!...
Afinal, o livro é um amigo... o amigo...

Referências:

http://www.ipv.pt/millenium/19_pers2.htm , acessado em 23/06/2013.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Livro , acessado em 23/06/2013.

terça-feira, 18 de junho de 2013

O uso da internet e dos blogs na Educação

Prof. Adão Reinaldo Farias

Com a popularização dos computadores, com o avanço das tecnologias e a propagação da internet, cada vez mais faz-se necessário propor a utilização da internet e dos blogs na educação.
Segundo Nascimento, a escola não pode ignorar a influência da internet na vida das pessoas da sociedade moderna. Ao contrário, a escola pode utilizar a internet como mais um recurso para dinamizar e facilitar o processo de ensino-aprendizagem.

A internet é uma tecnologia que facilita a motivação dos alunos pela novidade e pelas possibilidades inesgotáveis de pesquisa que oferece. Essa motivação aumenta se o professor proporcionar um clima de confiança, abertura, cordialidade com os alunos. Mais que a tecnologia, o que facilita o processo de ensino-aprendizagem é a capacidade de comunicação autêntica do professor ao estabelecer relações de confiança com seus alunos por meio do equilíbrio, competência e simpatia com que atua. O aluno desenvolve a aprendizagem cooperativa, a pesquisa em grupo, a troca de resultados (MORAN,1998).

Segundo Nascimento alguns dos principais ganhos pedagógicos possíveis com a internet são:
Acessibilidade a fontes inesgotáveis de assuntos para pesquisas.
Páginas educacionais específicas para a pesquisa escolar.
Páginas para busca de software.
Comunicação e interação com outras escolas.
Estímulo para pesquisar a partir de temas previamente definidos ou a partir da curiosidade dos próprios alunos.
Desenvolvimento de uma nova forma de comunicação e socialização.
Estímulo à escrita e à leitura.
Estímulo à curiosidade.
Estímulo ao raciocínio lógico.
Desenvolvimento da autonomia.
Possibilidade do aprendizado individualizado.
Troca de experiências entre professores/professores, aluno/aluno e professor/aluno.

Laboratórios de informática com internet, já estão presentes em muitas escolas do país. Saber utilizar estes recursos de forma que produzam aprendizagem torna-se um grande desafio aos educadores brasileiros .
O computador sozinho não produz conhecimento, é apenas uma ferramenta para ser utilizada como recurso didático, para isso necessita-se de professores preparados e treinados para utilizá-los.
O professor tem que ser o orientador, para que o aluno não se torne um mero digitador e fazedor de cópias (Ctrl+A e Ctrl+C). O aluno tem que ser estimulado a produzir conhecimento através da utilização do computador, pois os software por si próprio não geram aprendizagem.
O aluno deve ser colocado como sujeitos ativos na frente do computador, com as ferramentas tecnológicas servindo de base para a criação. Nesse sentido é importante destacar os blogs, que são publicações coletivas, com comentários abertos ou não, para qualquer participante que deseja se integrar nesta rede; Tanto as publicações (posts) como os comentários podem ser habilitados e desabilitados no Blog para outras pessoas interagirem ou não, depende da metodologia de utilização que cada grupo definir. Ainda pode-se destacar que o blogs propõem uma abordagem onde professores de diversas modalidades de ensino sejam capacitados a serem co-autores de atividades e assuntos que podem ser abordados com os alunos ao mesmo tempo que vão criando domínio da ferramenta.
- Os conhecimentos adquiridos durante os projetos de estudo, bem como as demais 
atividades, podem ser registradas no Blog, sendo possível enriquecer os relatos com
links, fotos, ilustrações e sons.
- Os blogs são usados com o objetivo de desenvolver o hábito de registro e para divulgar
boas iniciativas. São estratégias que visam dar a palavra aos estudantes e 
desenvolver a sua criatividade.

Segundo Ferreira os blogs podem:

- Apresentar várias etapas de um projeto desenvolvido na escola, na sala, em grupos ou mesmo individual;
- Criação de um jornal on line;
- Divulgação de atividades ;
- Apoio à um eixo de trabalho(ou mesmo à uma disciplina)
- Preparar para encontros educacionais ente os profissionais, ou mesmo entre estudantes;
- Divulgação de produções dos alunos em diferentes áreas de conhecimento;
- Divulgar estudos realizados pelos alunos;
- Desenvolver a curiosidade tecnológica, incentivando o aluno a busca diferentes linguagens de programação ;
- Desenvolver habilidades e competências nas diferentes áreas de conhecimento, aplicando os conteúdos estabelecidos em currículo;
- Trabalhar com imagens criadas ou registradas pelos próprios alunos, ampliando suas habilidades cognitivas na área de criação.
- Elaborar templates que desenvolvem além de conhecimentos, técnicas e habilidades próprias, possibilitam utilizar-se da criatividade, da ética , e de muitos outros componentes da cidadania.
- Podem elaborar animações para postar no blog, como resultados de trabalhos.
- Trazer a discussão de valores e da moral, quando na postagem de comentários, observando os limites do respeito à produção do próximo;
- Ajudar a comunidade escolar com esclarecimentos e informações elaboradas pelos próprios alunos.
- Incentivar a criação de concursos entre os alunos de suas produções;

Referências:

domingo, 2 de junho de 2013

Projeto: A Educação Ambiental no ensino de Química

Identificação da Escola:

Colégio Estadual Conjunto João de Barro – Marialva – PR.

Tema da Proposta:

A Educação Ambiental no ensino de Química

Objetivos:

Com a apresentação dos vídeos, espera-se que o aluno desenvolva uma consciência de preservação do meio ambiente, que entenda e questione a Ciência de seu tempo e os avanços tecnológicos, que construa e reconstrua o significado dos conceitos químicos e tome posições frente as situações sociais e ambientais desencadeadas pela produção do conhecimento químico.

Justificativa:

De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases (Lei 9394/96), é obrigatório o ensino de Educação Ambiental para todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente. E como falar em Educação Ambiental sem conhecer a Química Ambiental? A utilização das mídias faz-se necessário no sentido de chamar a atenção do aluno, através do uso das imagens, para despertá-lo para os problemas ambientais da sociedade atual.

Público a ser envolvido:

2.° ano – Turma A - Ensino Médio

Mídias e Tecnologias a serem utilizadas:

Sala de informática, internet e Tv pendrive (multimídia).

Proposta preliminar das etapas/ações a serem realizadas:

1.ª aula:
1.° momento – apresentação do vídeo vitimas do acidente nuclear.

2.° tema para discussão: A energia hoje e amanhã – poluição
.
3.° apresentação do vídeo carta escrita.

4.º debate: O que será do Planeta?

2.ª aula:
Aula experimental : Provocando a chuva ácida

Referência: Este experimento foi desenvolvido pela aluna Aline Escocard Siqueira sob a orientação da profa. Maria Cristina Canela (LCQUI-CCT-UENF)

Materiais:
• Bico de Bunsen ou fogareiro de camping
• Bomba de aquário
• Água
• Balão volumétrico de 200mL com tampa
• 3 pedaços de mangueira (borracha de látex)
• 2 vidros com tampa (frascos vazios de maionese ou de leite de coco com tampa)

Procedimento

Faça a ligação com um pedaço de mangueira na saída de ar da bombinha de aquário com a tampa da garrafa. Com outro pedaço de mangueira, ligue o outro furo à tampa do vidro 1, e por último ligue o vidro 1 no vidro 2, que contém água e está sobre o bico de Bunsen.
Conecte a garrafa contendo o gás da parte 1 à bomba de aquário e ao vidro 1. Ligue a bomba e observe o que acontece.

O que ocorre?

Ao ligar a bomba de aquário, ela empurra o gás dióxido de nitrogênio que estava no balão para o vidro 1. Este gás (NO2) entra em contato com o vapor de água que se formou no vidro 2 e que também foi transferido para o vidro 1, formando o ácido nitroso (HNO2) e o ácido nítrico (HNO3).
2NO2 (g) + H2O(l) = HNO2(aq) + HNO3(aq)

Quando esses dois ácidos entram em contato com o oxigênio do ar, formam a chuva ácida.
2HNO2 + O2 = 2HNO3

Para verificar a acidez da solução formada, pode ser usado um papel indicador de ácido ou colocar um pedaço de casca de ovo em contato com a solução ácida. O ácido reage com o CaCO3 (carbonato de cálcio existente na casca do ovo) promovendo a dissolução e desprendimento de CO2 (formando pequenas bolhas). Desta forma, é possível demonstrar a ação do ácido sobre materiais feitos a base de carbonato de cálcio, como monumentos de mármore quando expostos por vários anos a este tipo de poluição atmosférica se decompõem.
CaCO3 + 2H+ ---> CO2 + H2O + Ca2+

CaCO3 ---> CaO + CO2

O que fazer com o resíduo?

Neutralizar com soda cáustica ou bicarbonato de sódio que podem ser encontrados no mercado. A neutralização pode ser feita também com a própria casca de ovo

3.ª aula

-Trabalho (atividades avaliadas), com 05 questões de múltipla escolha e 05 questões abertas.
- Apresentação do relatório sobre a atividade experimental.

Período de realização:

20 e 27 de junho de 2013.



Referências:

PARANÁ. Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes curriculares de rede pública de educação básica do Estado do Paraná. Curitiba, 2008.

QUÍMICA AMBIENTAL. (1999) Disponível em: http:www.wikipedia.org.br. Acesso em: 24 abril. 2011.

BRASIL. A Lei N° 9.793. A Educação Ambiental tornou-se lei em 27 de Abril de 1995

BAIRD, C.. Química ambiental. 2.ed. Porto Alegre: Bookman, 2002.

QUÍMICA AMBIENTAL. Disponível em: http://www.uenf.br/uenf/centros/cct/qambiental/ Acesso em: 24 abril. 2011.




domingo, 26 de maio de 2013

Atividade: utilizando o coletor solar



Atividade:
Coletor Solar Térmico (Portal do Professor)

Planejamento:
Atividade planejada para contextualizar o conteúdo Física Térmica - Termodinâmica (Calor e Temperatura) do 2.º ano do Ensino Médio e relacioná-lo a preservação do meio ambiente com utilização de energias renováveis, com a diminuição do consumo de energia elétrica, permitindo que o aluno conheça e diferencie as características dos principais tipos de energia utilizados atualmente no mundo, compreendendo como os mecanismos geradores operam para sua obtenção e apontar as vantagens e desvantagens, em relação ao impacto social e ambiental, de cada forma de obtenção de energia.

Link para animação:

Forma de utilização, sensibilização, ilustração, simulação e conteúdo de ensino:
Para ser desenvolvida atividade, faz-se necessário utilizar a sala de informática.
A animação apresenta informações sobre os coletores solares térmicos, instrumentos que utilizam energia solar para aquecer a água da rede para sua posterior utilização em tarefas diárias. São apresentados os diferentes tipos de coletores solares existentes, explicitando os tipos de materiais pelos quais estes são constituídos. São abordados também os diferentes sistemas de aproveitamento do calor (conteúdo: Termodinâmica- calor e temperatura)absorvido por meio dos coletores.

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Plano de aulas sobre as Leis de Newton utilizando recursos multimídias


1 – Série: 1.º ano E.M.

2- Objetivos:

Em 1686, em Cambridge, na Inglaterra, Isaac Newton publica a primeira edição da Obra Philosophiae Naturalis Principia Mathematica, Os Principia, onde estão colocados os fundamentos da mecânica que nos permite entender como e porque os objetos e carros se movem, as marés acontecem e os planetas se movimentam ao redor do Sol. Enfim, nos possibilita entender nosso mundo macroscópio cotidiano, nosso mundo humano (Livro Didático Público - Física, pg. 34).

As leis de Newton ou leis do movimento (primeira lei - Inércia, segunda lei - princípio fundamental da dinâmica e terceira lei - ação e reação), são assuntos básicos presentes no conteúdo estruturante Movimento.

Durante muitos anos com o desenvolvimento do conteúdo Leis de Newton, tive a certeza de que os alunos prendiam-se apenas na questão matemática F=ma, e não assimilam os conceitos das Leis, talvez, pela própria forma com que eu abordava o conteúdo, somente com aulas expositivas usando quadro e giz e exercícios de cálculo.
Hoje com a presença da tecnologia, faz-se necessário o uso das várias formas de mídias presentes na escola, como instrumentos de apoio pedagógico, neste caso a sala de informática, a internet e a TV multimídia, para o desenvolvimento dos conteúdos e fixação dos conceitos físicos.
Os nossos alunos, principalmente de 1.º ano do Ensino Médio, não apresentam concentração suficiente para ficarmos desenvolvendo e fixando conceitos somente através de aulas expositivas, com quadro e giz. Por mais simples que sejam as mídias utilizadas (sala de informática, internet e Tv multimídia) chamam a atenção da maioria dos alunos.

Através da exibição dos vídeos e das imagens na TV Multimídia podemos ver como ocorre na prática as leis de Newton (leis do Movimento). Com o primeiro vídeo podemos abrir uma discussão sobre o comportamento dos corpos após um choque, com as imagens podemos estabelecer a relação entre força resultante, massa e aceleração e com o segundo vídeo podemos discutir a existência do par ação e reação.

3- Disciplina: Física

4- Tecnologias e mídias a serem utilizadas:
Sala de informática, internet e Tv pendrive (multimídia)

5- Descrição da atividade pedagógica:

A proposta para o desenvolvimento do conteúdo é de 05 h/a.

1.ª aula: Levar os alunos ao laboratório de informática, para uma pesquisa orientada pelo professor, sobre:
A biografia de Isaac Newton e sua obra. As leis de Newton, conhecidas como leis do Movimento. O contexto histórico vivenciado por Newton e a relação que podemos estabelecer entre Newton e Galileu. As leis de Newton e suas aplicações tecnológicas (a função do cinto de segurança, do encosto de cabeça e do air bag nos automóveis). Poderão ser utilizados os seguintes links:

2.ª aula: Leitura e discussão sobre as atividades propostas no livro didático público – Capítulo 2 (pg. 33 a 46) – Descrição clássica dos movimentos: Inércia e Momentum. O livro poderá ser acessado no link: http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/livro_didatico/fisica.pdf

3ª aula: aula expositiva com apresentação dos vídeos e das imagens.
1- Exibição do primeiro vídeo (para fazer download: https://www.youtube.com/watch?v=6BFR26hcbko ) abrir uma discussão sobre o comportamento dos corpos após um choque.
2- Com as imagens (acessar: http://efisica.if.usp.br/mecanica/ensinomedio/2_lei_de_newton/seg_lei_Newton/, para baixar , propor se existe relação entre força resultante, massa e aceleração (princípio fundamental da dinâmica) e qual?.
3- Exibição do segundo vídeo ( para fazer downlod: https://www.youtube.com/watch?v=4KDnaUfvnJI , discutir a existência do par ação e reação.

4.ª aula: resolução dos exercícios de 65 ao 68 da pg. 69, dos exercícios de 89 ao 92 da pg. 82 e dos exercícios de 104 a 108 da pg. 86 do livro didático adotado pela escola: Física, - ciência e tecnologia.

5.ª aula: trabalho com atividades avaliativas, contendo 05 questões de múltipla escolha e cinco com questões abertas (o professor deverá elaborar as atividades).

6- Resultados esperados:
Com a utilização dos recursos multimídias sobre as leis de Newton (leis do movimento), espera-se que o aluno formule uma visão geral da mecânica newtoniana, compreenda o conceito de massa como uma construção científica ligada à concepção de força, perceba a influência da dimensão de um corpo no seu comportamento perante a aplicação de uma força, aproprie-se do conceito de condições de equilíbrio estático identificado na primeira lei de Newton. Com as ideias de matéria e espaço bem fundamentadas, o conceito de força será definido a partir da variação temporal da quantidade de movimento, que constitui a segunda lei de Newton. O estudante deverá reconhecer e reapresentar as forças de ação e reação nas mais diferentes situações (DCE- Física, 2008, pg. 93).

Referências:


Física / vários autores – Curitiba: SEED-PR – p. 232

Penteado, Paulo Cesar M. - Física – ciência e tecnologia / Paulo Cesar M. Penteado, Carlos Magno A. Torres. – São Paulo: Moderna, 2005.




domingo, 5 de maio de 2013

Gestão Financeira: O processo democrático em discussão


Prof. Adão Reinaldo Farias

A escola tem um papel importante na sociedade, tanto que ao longo do tempo ela vem se transformando e adequando-se conforme as constantes mudanças que o homem provoca, mas vale lembrar que a escola por muitas vezes não consegue acompanhar as mudanças conforme o ritmo que elas acontecem, principalmente a escola pública.
Ao longo do processo de expansão da escolaridade, principalmente com a universalização do ensino, em nosso país, o crescimento das ofertas escolar fez com que a qualidade de ensino tivesse uma queda. Na nossa sociedade, o ensino de qualidade ainda é um sonho a ser perseguido, pois não são todas as escolas que conseguem dar o ensino que deveria ser dado, a vontade é enorme, mas falta estrutura e os recursos são ainda precários.
A escola, enfim, faz parte de uma sociedade capitalista que promove a desigualdade social, com a concentração de renda, a injustiça, a exclusão social e a discriminação.
Organizar o trabalho pedagógico em escola pública não é uma tarefa fácil é algo abrangente, requer uma formação de boa qualidade além de exigir do gestor um trabalho coletivo que busque incessantemente a autonomia, liberdade, emancipação e a participação na construção do projeto político-pedagógico. Numa gestão democrática, o gestor precisará saber como trabalhar os conflitos e desencontros, deverá ter competência para buscar novas alternativas e que as mesmas atenda aos interesses da comunidade escolar, deverá compreender que a qualidade da escola dependerá da participação efetiva de todos membros, inclusive das instâncias colegiadas, respeitando a individualidade de cada um e buscando nos conhecimentos individuais novas fontes de enriquecer o trabalho coletivo.
A organização do trabalho pedagógico é uma estratégia educacional para democratizar o processo ensino-aprendizagem, então é de suma relevância para um gestor implementar novas forma de administrar em que a comunicação e o diálogo estejam inseridos na prática pedagógica do docente. Cabe ao gestor assumir a liderança deste processo com competência técnica e política.
A participação é o principal meio de assegurar a gestão democrática da escola, possibilitando o envolvimento de todos os profissionais e usuários no processo de tomada de decisões, na aplicação do recursos financeiros e no funcionamento da organização escolar. Além disso, proporciona um melhor conhecimento dos recursos financeiros, dos objetivos, das metas, da estrutura organizacional e de sua dinâmica das relações da escola com a comunidade, e favorece uma aproximação maior entre o gestor, professores, alunos e pais.



quinta-feira, 18 de abril de 2013

Reações Químicas no cotidiano



A ocorrência de uma reação química é indicada pelo aparecimento de novas substâncias (produtos), diferentes das originais (reagentes). Quando as substâncias reagem, às vezes ocorrem fatos bastante visíveis que confirmam a ocorrência da reação e dentre eles, podemos destacar: desprendimento de gás e luz, mudança de coloração e cheiro, formação de precipitados, etc.

Um exemplo de reação química muito comum em nosso cotidiano é a reação de combustão, para que ela ocorra é necessária a presença de três fatores: um combustível, um comburente e energia de ativação. Essa reação consiste na queima de um combustível que pode ser a gasolina, álcool, etc., através da energia de ativação (calor de uma chama, faísca elétrica), na presença de um comburente que, em geral, é o oxigênio do ar (O2).

Os 10 exemplos:
1reação de oxidação de uma maça cortada
2 azedamento do vinho
3 fotossintesse
4 automóveis em movimento
5 movimentação dos musculos
6 queima da vela
7 incendios
8 acender o fogo
9 fermentação da massa do pão
10 aparecimento da ferrugem.

Mais exemplos:reação de Oxidação da palha de aço (bombril)
Palha de aço + Oxigênio --> aço oxidado

Reação de oxidação de uma maça cortada.
Quando se corta uma maça, e a deixa exposta, ela começa a ficar escura, isto é devido a sua oxidação.

Reação de saponificação
Algumas donas de casa, realizam esta reação química para a produção do sabão caseiro. Os ingredientes usados são: Gordura; Soda Cáustica; Água e Cinzas.

Preparação de um café.
Quando se faz um café, usando açúcar, água, e pó de café, realiza-se uma reação química, onde o produto final é o café.

Combustão de gasolina em um carro
Quando a gasolina reage com o oxigênio do ar produz dióxido de carbono (CO2), água (H2O) e a energia que é utilizada para fazer com que o carro entre em movimento

Combustão do gás de cozinha
Gás Butano reage com o oxigênio produzindo dióxido de carbono, àgua e energia (fogo)

Fritura de um ovo
Quando fritamos um ovo, realizamos uma reação química

Uso de água oxigenada para descolorir Pêlos em mulheres
à água oxigenada (Peróxido de Hidrogênio) reage com os Pêlos, alterando a sua coloração.

FONTE:     

 http://br.answers.yahoo.com/ 

domingo, 31 de março de 2013

Origem molecular da vida...

A detecção de açúcar no espaço e as pistas sobre a origem molecular da vida


Utilizando o Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA), astrônomos detectaram moléculas de glicoaldeído, no gás que circunda uma estrela binária jovem, com massa semelhante ao Sol, chamada IRAS 16293-2422. A estrela IRAS 16293-2422 situa-se a cerca de 400 anos-luz de distância, relativamente próxima da Terra, o que a torna num excelente alvo para os astrônomos que estudam as moléculas e a química em torno de estrelas jovens.
O glicoaldeído (HCOCH2OH) é o açúcar mais simples, e o primeiro intermediário do produto da reação que começa com formaldeído (H2CO) e conduz à formação (catalisada) de açúcares e finalmente a ribose, a espinha dorsal do RNA. A presença de glicolaldeído é, portanto, uma importante indicação de que os processos que conduzem à moléculas biologicamente relevantes estão ocorrendo.
As nuvens de gás e poeira que colapsam para formar novas estrelas são extremamente frias, e muitos gases solidificam sob a forma de gelo sobre as partículas de poeira, onde seguidamente se juntam para formar moléculas mais complexas. Mas assim que uma estrela se forma no meio de uma nuvem de gás e poeira em rotação, esta aquece as regiões internas da nuvem para cerca de uma temperatura ambiente, evaporando as moléculas quimicamente complexas e formando gases que emitem uma radiação característica em ondas rádio, ondas estas que podem ser mapeadas com a ajuda de potentes rádio telescópios, como o ALMA.
O glicoaldeído já tinha sido observado anteriormente no espaço interestelar. No ano de 2000, ele foi detectado em uma grande nuvem de gás e poeira cerca de 26.000 anos-luz de distância, perto do centro da nossa galáxia, e no ano de 2008 foi detectado em uma região de formação estelar longe do centro galáctico e também a aproximadamente a 26.000 anos-luz da Terra. Mas no ano de 2012 foi a primeira vez que é descoberto tão perto de uma estrela do tipo solar, a distâncias comparáveis à distância de Urano ao Sol, no Sistema Solar. Esta descoberta mostra que alguns dos componentes químicos necessários à vida existiam neste sistema na altura da formação planetária.
A formação do glicoaldeído e de outras moléculas prébiótica e as pistas sobre a origem molecular da vida (gráfico): 
1 - O material impulsionado de uma região de formação estelar ativa colide com uma nuvem interestelar próxima, provocando choque frontal.
2 - Átomos e moléculas pequenas revestem a superfície e são incorporados no interior de pequenos grãos de poeira na nuvem interestelar. A alta energia do choque gera reações químicas que produzem moléculas como o glicoaldeído.
3 - O choque também fornece energia para liberar algumas moléculas dos grãos e ejetar essas moléculas envolta do gás.
4 - Essas condições de choques e formações de moléculas podem existir em sistemas solares, que ainda estão em formação. As moléculas pré-bióticas, como glicoaldeído podem ser formadas em regiões exteriores da nuvem desses jovens sistemas planetários.
5 - Cometas também se formam nas regiões exteriores das nuvens e mais depois perto da órbita da estrela central do sistema planetário. Cometas podem colidir com planetas jovens, ou os planetas podem passar através da cauda do cometa. De qualquer forma as moléculas prébióticas formadas carregadas e depositadas por cometas podem ser depositadas nos planetas, dando a estrela o encabeçamento para o processo de formação da vida.

Referências: 
JORGENSEN. J. K, et al. Detection of the simplest sugar, glycolaldehyde, in a solar-type protostar with ALMA. Disponível em: http://arxiv.org/pdf/1208.5498v1.pdf

Fonte: 
http://www.facebook.com/DaOrigemDaVida

quinta-feira, 21 de março de 2013

Uma nova Física...




Grupo do Instituto de Física da Universidade de São Paulo inicia projeto para prever os fenômenos que deverão ser observados nos experimentos do LHC a partir de 2015 (foto: Wikimedia)Especiais

Pesquisadores procuram sinais de uma nova Física

21/03/2013
Por Elton Alisson
Agência FAPESP – Após concluir, em dezembro, a primeira fase de grandes testes experimentais à procura de partículas elementares, o Grande Colisor de Hádrons (LHC, na sigla em inglês), da Organização Europeia para Pesquisa Nuclear (Cern, na sigla em inglês), na Suíça, só voltará a realizar esse tipo de experimento em 2015 – quando será aumentada a intensidade dos feixes de raios de prótons e a energia no centro de massa do maior acelerador de partículas do mundo.
Durante o intervalo de dois anos, no entanto, a comunidade internacional de físicos teóricos desenvolverá uma série de modelos numéricos e simulações para prever os tipos de fenômenos que deverão ser observados experimentalmente nos detectores de partículas do LHC a partir de 2015.
Um grupo de pesquisadores do Instituto de Física (IF) da Universidade de São Paulo (USP), por exemplo, iniciou um projeto de pesquisa Temático, com apoio da FAPESP, para procurar, na nova rodada de experimentos do LHC, sinais de uma nova Física, além do chamado “Modelo Padrão” – teoria construída nos últimos 50 anos que descreve as interações forte, fraca e eletromagnética das partículas fundamentais que constituem toda a matéria.
“Os próximos dois anos serão muitos intensos, tanto na teoria como na simulação, para que em 2015, quando o LHC retomar os experimentos com prótons com maior intensidade e energia, nós já tenhamos nossas previsões concluídas, de modo que os físicos experimentais possam procurar pela nova Física além do Modelo Padrão”, disse Gustavo Alberto Burdman, professor do IF e coordenador do projeto, à Agência FAPESP.
Burdman foi um dos palestrantes da Conferência USP sobre Cosmologia, Estruturas de Larga Escala e Primeiros Objetos, realizada nos dias 4 a 7 de fevereiro, em São Paulo.
De acordo com o pesquisador, com o achado no Cern, no início de julho, do bóson de Higgs (partícula subatômica hipotética, postulada em 1964 pelo físico britânico Peter Higgs), se presumiu que o Modelo Padrão da física de partículas teria sido completamente validado.
A teoria do Modelo Padrão e do próprio bóson de Higgs apresentam, contudo, lacunas, segundo Burdman, que levam os físicos teóricos e experimentais a considerar a possibilidade de que exista Física além dela.
“O fato de o bóson de Higgs ter severos problemas de estabilidade e o Modelo Padrão não incluir determinadas partículas que observamos nos levam a acreditar que existe uma nova Física na escala que está sendo estudada pelo LHC”, disse Burdman.
“O aumento da intensidade dos feixes de raios de prótons e da energia nos testes que serão realizados a partir de 2015 no colisor vão nos permitir procurar por essa Física além do Modelo Padrão”, afirmou.
Matéria escura
Ao longo do projeto de pesquisa temático, Burdman e os pesquisadores do IF Renata Funchal e Oscar José Pinto Eboli construirão teorias e simulações que preveem a existência de algumas partículas não descritas no Modelo Padrão. Uma delas é a matéria escura.
Responsável por cerca de 30% da densidade de energia do Universo, a partícula, que recebeu o nome de “escura” por não emitir luz, não está no “radar” do Modelo Padrão de física de partículas.
“O Modelo Padrão não contém nenhum tipo de partícula que pode ser a matéria escura. Por isso, precisamos construir teorias para explicar os problemas apresentados pelo Modelo Padrão relacionados com a matéria escura”, afirmou Burdman.
Uma das principais questões a serem respondidas sobre a partícula, de acordo com o pesquisador, é o que ela realmente é. O que se sabe é que a matéria escura não é composta por partículas que interagem eletromagneticamente, como nêutrons e prótons, detectáveis pelos instrumentos de medição convencionais.
“Nós não fazemos a menor ideia do que seja a matéria escura. Por isso, precisamos estender o Modelo Padrão para termos modelos teóricos que a prevejam”, avaliou Burdman.
Teoria como guia
De acordo com o pesquisador, o que se observa nos testes experimentais com prótons realizados no LHC são sinais de partículas existentes no Modelo Padrão.
Já os sinais de partículas que os modelos construídos pelos físicos teóricos indicam que podem ser produzidas na escala dos experimentos realizados no colisor do Cern – como o bóson de Higgs e a matéria escura – são, no entanto, instáveis em sua maioria e decaem (se dividem) imediatamente após serem produzidos em partículas estáveis observadas nos experimentos. Além disso, estão escondidas por baixo de diversos ruídos produzidos pelo Modelo Padrão, o que impede que sejam visualizadas.
De modo a orientar como os sinais dessas novas partículas podem ser extraídos dos experimentos, os modelos de identidade de física de partículas e as simulações realizadas pelos físicos teóricos devem indicar quais partículas fora do Modelo Padrão podem ser detectadas nas colisões, em quais partículas irão decair, com qual probabilidade e em que direção, entre outras informações.
“Para procurar alguma partícula específica no tipo de experimentos realizados no LHC, é preciso ter uma guia para saber onde e como procurar. E essa guia é a teoria”, explicou Burdman.
Uma vez identificados nos experimentos os sinais e o seu padrão – como a frequência com que ocorrem –, os físicos teóricos reconstroem seus modelos, de modo a certificar se os fenômenos realmente são observados nos experimentos e se vão além do Modelo Padrão.
“Nós, físicos teóricos, falamos o que deve ser procurado nos experimentos e, por sua vez, os experimentais nos dizem o que é observado para que possamos ajustar nossas teorias”, disse Burdman.
“Foi com base nesse diálogo entre os físicos teóricos e os experimentais que o Modelo Padrão de física de partículas foi construído ao longo dos últimos 50 anos e esperamos repeti-lo agora na procura da Física além do Modelo Padrão”, avaliou.
Atualização do cluster de computadores
Para testar e traduzir os modelos desenvolvidos pelos físicos teóricos em previsões com altos níveis de detalhes dos eventos que podem ser observados experimentalmente nos detectores do LHC, é necessário o uso de ferramentas computacionais de alto desempenho para realizar simulações numéricas, explicou Burdman.
As simulações realizadas pelo grupo de pesquisadores do IF da USP – tanto para o LHC como para experimentos com neutrinos (partícula subatômica sem carga elétrica) e matéria escura – são feitas em um cluster de computadores localizado no Departamento de Física Matemática.
O parque de processamento, no entanto, é antigo e deverá ser atualizado por meio do projeto de pesquisa temático realizado com apoio da FAPESP. “O projeto temático deverá nos dar um grande poder de realizar simulações computacionais compatíveis tanto com os primeiros dados do LHC, que começaram a ser divulgados agora, como os que serão gerados a partir de 2015, com as colisões de altas energias”, estimou Burdman.
Dados de mais alta energia
Na primeira fase de testes com prótons, iniciada em 2010, o LHC obteve dados sobre colisões de prótons a uma energia de 8 TeV, em vez de 14 TeV no centro de massa, como previsto inicialmente.
Por causa disso, na avaliação de Burdman, o acelerador de partículas de mais alta energia existente no mundo só começou a realizar agora, de fato, o trabalho para o qual foi concebido.
“O novo estágio do LHC, com maior energia e intensidade do feixe de prótons, permitirá testar tanto partículas com massas maiores do que prevíamos, como também medir com maior precisão as interações do bóson de Higgs com outras partículas conhecidas”, disse Burdman.
Por enquanto, de acordo com o pesquisador, o que se sabe é que há fortes indicações de que a partícula detectada no Cern, em julho, é o bóson de Higgs postulado pelo Modelo Padrão.
Como os dados ainda são muito preliminares, no entanto, as medições das interações da partícula com outras já conhecidas apresentam margens de erro muito grandes, de acordo com o pesquisador.
“Ainda há muito espaço para que as interações do bóson de Higgs sejam não padrão, o que sinalizaria uma nova Física. Mas, para comprovar isso, é necessário realizar medições com maior precisão, como as que o LHC deve possibilitar na próxima rodada de testes experimentais”, indicou.
“Nossa expectativa é que algumas das teorias que desenvolveremos, ou alguma outra que não pensamos, possa ser construída a partir dos dados gerados pelo LHC nos próximos anos”, afirmou. 

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