segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Descobertos dois planetas semelhantes a saturno


Saturno em dobro
A partir de dados do observatório espacial Kepler, cientistas descobrem primeiro sistema planetário com mais de um planeta transitando a mesma estrela (Nasa)

Divulgação Científica

Saturno em dobro

30/8/2010
Agência FAPESP – Dois planetas semelhantes a Saturno e além do Sistema Solar foram descobertos por um grupo de cientistas a partir de dados obtidos pelo observatório espacial Kepler, da Nasa, a agência espacial norte-americana. Trata-se do primeiro sistema planetário com mais de um planeta transitando (“passando pela frente”) a mesma estrela.
O grupo também encontrou sinais de um possível terceiro, menor que Saturno mas maior do que a Terra. Os exoplanetas estão em órbita de uma estrela distante e de dimensão parecida com a do Sol. A descoberta foi publicada nesta quinta-feira (26/8) pela revista Science.
O observatório Kepler, lançado em março de 2009, tem como missão ajudar no descobrimento de planetas em órbita de estrelas distantes. A identificação é feita por meio da medição da diminuição da luz da estrela à medida que planetas passam em sua frente (transitam).
Matthew Holman, do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian, e colegas analisaram sete meses de dados colhidos pelo Kepler, com observação de mais de 156 mil estrelas, e identificaram dois novos planetas, aos quais deram os nomes Kepler-9b e Kepler-9c.
Os planetas têm períodos de transição de 19,2 e 38,9 dias, respectivamente. Os períodos são instáveis, aumentando ou diminuindo em taxas de 4 minutos e 39 segundos por órbita.
Um planeta único orbita uma estrela de modo periodicamente preciso, mas, no caso dos planetas descobertos, as variações, segundo os pesquisadores, devem-se às fortes interações gravitacionais entre eles.
Levando em conta suas características gravitacionais e velocidade radial, os autores do estudo sugerem que os dois planetas são corpos de grande massa em órbita de sua estrela, denominada Kepler-9.
A partir da análise dos dados do observatório espacial, os cientistas também apontam a possibilidade de terem descoberto um terceiro planeta, com massa maior do que a da Terra. Esse planeta estaria em uma órbita mais interior, mas, segundo os cientistas, mais análises serão necessárias para confirmar a sua existência.
O artigo Kepler-9: A System of Multiple Planets Transiting a Sun-Like Star, Confirmed by Timing Variations(doi:10.1126/science.1195778), de Matthew Holman e outros, pode ser lido por assinantes da Science emwww.scienceexpress.org

domingo, 29 de agosto de 2010

Pesquisa da Unicamp sugere coleta de energia do ar

eletricidade
A tentativa de captar energia elétrica a partir do ar é objeto de polêmica
Pesquisadores da Universidade de Campinas (Unicamp) dizem ter encontrado um mecanismo para coletar energia elétrica do ar úmido.
O coordenador do estudo, Fernando Galembeck, apresentou a descoberta em uma reunião da Sociedade Americana de Química, em Boston.
Segundo ele, a técnica explora um efeito atmosférico pouco conhecido.
O cientista brasileiro diz que metais poderiam ser usados para captar a energia, abrindo caminho para uma potencial fonte de energia em climas úmidos.
Outros cientistas, porém, discordam sobre o mecanismo e sobre a escala do efeito relatado por Galembeck.
Circuito
“A ideia básica é que quando você tem qualquer sólido ou líquido em um ambiente úmido, você tem a absorção de água na superfície”, disse Galembeck à BBC.
“O trabalho que estou apresentando mostra como metais colocados sob um ambiente úmido se tornam carregados (de energia)”, afirmou.
Galembeck e seus colegas de pesquisa isolaram vários metais e pares de metais separados por um material não condutor de eletricidade e permitiram que nitrogêneo gasoso com diferentes quantidades de vapor de água passassem por eles.
O que a equipe descobriu é que os metais acumularam carga elétrica – em variadas quantidades, com carga positiva ou negativa. Os metais poderiam ser ligados periodicamente a um circuito para criar eletricidade que pudesse ser utilizada.
O efeito é muito pequeno – coletando uma quantidade de eletricidade equivalente a 0,000001% da produzida em uma mesma área por uma célula de energia solar -, mas parece representar uma forma de acumulação de carga que até agora era ignorada.
Galembeck sugere que com mais desenvolvimento, o princípio poderia ser estendido para se tornar uma fonte de energia renovável em áreas úmidas do planeta, como os trópicos.
Debate
Apesar de a ideia de tirar energia do ar ser tentadora, a perspectiva de se conseguir coletar uma quantidade suficiente para tornar o processo viável ainda é uma questão de debate.
Hywel Morgan, da Universidade de Southampton, na Grã-Bretanha, diz que um efeito semelhante já é conhecido há algum tempo. Ele aponta que o carregamento triboelétrico – a geração de carga elétrica pela fricção de gotas de água sobre gotas de água – é a origem das trovoadas.
“O que achamos que está acontecendo é que ele está jogando vapor de água através dos metais e, com isso, carregando triboeletricamente o vapor de água”, afirma.
Segundo ele, isso resultaria numa carga, mas não seria o mesmo que simplesmente tirar eletricidade do ar úmido.
‘Muito interessante’
O físico Marin Soljacic, do Massachusetts Institute of Technology (MIT), em Boston, criador de uma tecnologia de transmissão de energia sem fio conhecida como Witricity, discorda de Morgan.
Ele classifica o estudo coordenado por Galembeck de “muito interessante” e “uma boa área de pesquisa”.
Ele concorda, porém, que a quantidade de carga acumulada nos testes iniciais sugere que pode ser difícil fazer bom uso da técnica.
“Neste ponto, ainda é difícil ver como isso poderia ser usado em aplicações do dia-a-dia”, disse ele à BBC.
Segundo ele, são necessárias mais pesquisas para entender “todas as limitações e o quanto é possível avançar”.
“(Morgan) está certo que um efeito semelhante e relacionado já é conhecido, mas estamos pressionados a encontrar novas fontes de energia renováveis, então acho que ainda é cedo para descartar esta pesquisa”, afirma Soljacic.
Galembeck se diz acostumado com a polêmica que este tipo de trabalho gera, afirmando que as discordâncias sobre o mecanismo por trás dele formam “o motivo principal para discussões acaloradas entre os cientistas”.
“Já houve muitas tentativas de coletar eletricidade da atmosfera, e a maioria teve final infeliz”, diz.
FONTE:

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Água em pó...

"Água em pó" pode ser a salvação do meio ambiente

Redação do Site Inovação Tecnológica - 26/08/2010


Cada partícula da água em pó contém uma gota de água cercada por sílica modificada, que impede que as gotas de água se combinem e voltem a formar um líquido. [Imagem: Ben Carter]
É uma substância absolutamente incomum, mas com potencial para ser quase tão útil quanto sua irmã mais molhada.
A água em pó, ou "água seca", poderá ser usada para absorver e armazenar o dióxido de carbono (CO2), o gás de efeito estufa que contribui para o aquecimento global.
Usos da água em pó
Mas o pó brilhante, parecido com açúcar, parece promissor para uma série de outros usos. Por exemplo, na química verde, como um componente mais ambientalmente amigável para acelerar as reações químicas utilizadas para fabricar inúmeros produtos.
A técnica de fabricação da água em pó também poderá ser empregada para acondicionar e transportar líquidos industriais perigosos, que poluem o meio ambiente e causam grandes transtornos quando acontecem acidentes com vagões e caminhões que os transportam.
"Não há nada parecido como ela," disse Ben Carter, da Universidade de Liverpool, na Inglaterra, ao apresentar a água em pó durante a reunião da Sociedade Norte-Americana de Química. "Mas temos esperanças de ver a água seca fazendo grandes ondas no futuro."
O que é água seca
Carter explicou que a substância ficou conhecida como água seca porque ela consiste em 95 por cento de água e, ainda assim, é um pó seco.
Cada partícula do pó contém uma gota de água cercada por sílica modificada - a sílica, ou óxido de silício, é o principal componente da areia de praia. O revestimento de sílica impede que as gotas de água se combinem e voltem a formar um líquido.
O resultado é um pó fino, com propriedades que o tornam capaz de absorver grandes quantidades de gases, que se combinam quimicamente com as moléculas de água para formar o que os químicos chamam de hidrato.
Estranha quanto possa parecer, a água seca, ou água em pó, não é algo novo. Ela foi criada em laboratório em 1968, mas a dificuldade de fabricação manteve-a restrita a uma curiosidade científica. Em 2006, cientistas da Universidade de Hull, também no Reino Unido, resolveram estudar sua estrutura.
A partir de então, o grupo do professor Andrew Cooper, do qual Carter faz parte, tem-se dedicado a aprimorar as técnicas de fabricação da água seca e encontrar usos industriais para ela.
Metano e química verde
Um dos usos mais promissores envolve o uso da água seca como um material de armazenamento de gases, incluindo o dióxido de carbono. Em escala de laboratório, os pesquisadores descobriram que a água seca absorve mais de três vezes mais dióxido de carbono do que a água comum com sílica.
Esta capacidade de absorver grandes quantidades de dióxido de carbono na forma de um hidrato pode tornar o pó de água útil para ajudar a reduzir o aquecimento global, sugerem os cientistas.
A água seca também é útil para o armazenamento de metano, um componente do gás natural, o que ajudar a expandir a sua utilização como fonte de energia no futuro. Os cientistas acenam com a possibilidade de usar o pó para coletar e transportar gás natural de depósitos economicamente inviáveis.
Esse hidrato de metano existe de forma natural no fundo do oceano, sob uma forma de metano congelado mais conhecida como "gelo que queima".
A água em pó também pode fornecer uma maneira mais segura e mais conveniente para armazenar o metano para seu uso como combustível em automóveis.
Com interesse para a indústria química, os cientistas demonstraram que a água seca é um meio promissor para acelerar reações catalisadas entre o hidrogênio e o ácido maleico para produzir ácido succínico, uma matéria-prima usada na fabricação de medicamentos, alimentos e outros bens de consumo.
Os cientistas agora estão procurando parceiros comerciais e acadêmicos para desenvolver a tecnologia da água seca e, finalmente, fazê-la chegar ao mercado.



Fonte:  Site Inovação Tecnológica- www.inovacaotecnologica.com.brURL: http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=agua-em-po-agua-seca

Brilho de nanoestrelas abre um céu de possibilidades tecnológicas



Redação do Site Inovação Tecnológica - 24/08/2010

Brilho de nanoestrelas abre um céu de possibilidades tecnológicas

Em cima, os pontos quânticos coloidais semicondutores sobre uma superfície. Embaixo, a intensidade de fluorescência medida por um microscópio de molécula única mostrando os picos nos locais onde estão os pontos quânticos.[Imagem: Boldizsár Jankó]
O físico Boldizsár Jankó e seus colegas da Universidade de Notre Dame, nos Estados Unidos, bem poderiam ser chamados de astrônomos da nanotecnologia.
Eles finalmente descobriram a fonte de um dos grandes mistérios da físico-química: moléculas que piscam, como se fossem "estrelas" de um universo às avessas, onde o muito pequeno tomar o lugar do muito grande.
Saltos quânticos
Há mais de um século, o físico Neils Bohr, um dos pais da mecânica quântica, previu os chamados saltos quânticos.
Ele teorizou que os elétrons não se moviam suavemente para cima e para baixo em relação ao núcleo do átomo. Em vez disso, eles ocupariam órbitas bem determinadas, e só se movimentariam entre elas dando saltos quânticos - eventualmente emitindo luz quando o salto quântico os levasse para órbitas de menor energia.
Apesar dessa ideia ter sido altamente controversa nos tempo de Bohr, ela passou a ser aceita pelos físicos e foi finalmente observada experimentalmente em 1980. Mais recentemente, com o desenvolvimento de técnicas de imageamento capazes de filmar moléculas, foi possível observar saltos semelhantes em moléculas individuais.
Estrelas moleculares
Durante os experimentos, estes saltos quânticos puderam ser vistos como interrupções discretas na emissão de luz contínua de algumas moléculas, revelando um fenômeno que passou a ser conhecido como intermitência da fluorescência - piscadas moleculares, por assim dizer.
No entanto, embora alguns casos dos pisca-piscas moleculares possam ser diretamente atribuídos aos saltos quânticos originais de Bohr, há um número muito maior de casos onde a intermitência da fluorescência não segue as previsões da teoria.
E são casos de grande importância não apenas para a ciência, mas também para a tecnologia: proteínas fluorescentes, largamente utilizadas em biomedicina, moléculas captadoras de luz, importantes tanto para a fotossíntese quanto para as células solares, e, mais recentemente, estruturas inorgânicas criadas pela nanotecnologia, são alguns exemplos.
Desvendar seu funcionamento poderá ter impacto decisivo sobre o entendimento e a utilização prática, dentre outros, dos pontos quânticos, utilizados em células solares e nas pesquisas dos computadores quânticos, e para os matar células de câncer, e dos nanofios, usados para gerar energia a partir do movimento.
Ou seja, as moléculas piscantes são estrelas da nanociência em mais do que um sentido.

Umidade elétrica



Umidade elétrica
Cientistas da Unicamp demonstram que água presente na atmosfera pode transferir cargas elétricas para determinados materiais. “Higroeletricidade”, poderá se tornar fonte de energia alternativa

Especiais

27/8/2010
Por Fábio de Castro
Agência FAPESP – Durante muito tempo a ciência considerava que a gotículas de água presentes na atmosfera eram eletricamente neutras, assim permanecendo mesmo depois de entrar em contato com as cargas elétricas de partículas dispersas no ar.
Mas um experimento realizado por cientistas brasileiros demonstrou que a água na atmosfera pode adquirir cargas elétricas e transferi-las para outros materiais. A descoberta abre caminho para o futuro desenvolvimento de dispositivos capazes de coletar eletricidade diretamente do ar, utilizando-a para abastecer residências, fábricas ou veículos, por exemplo.
Partículas minúsculas de sílica e de fosfato de alumínio foram utilizadas no experimento. A equipe coordenada por Fernando Galembeck, professor titular do Instituto de Química da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), demonstrou que, na presença de alta umidade, a sílica se torna mais negativamente carregada, enquanto o fosfato de alumínio ganha carga positiva. A eletricidade proveniente da umidade foi denominada pelos cientistas como “higroeletricidade”.
“Com um dispositivo simples, conseguimos verificar que é possível gerar voltagem a partir da umidade do ar. Essa prova conceitual poderá abrir caminho, no futuro, para que se possa usar a eletricidade da atmosfera como uma fonte de energia alternativa. Mas ainda não podemos prever quanto tempo levará para desenvolver uma tecnologia desse tipo”, disse Galembeck à Agência FAPESP.
O pesquisador, que coordena o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) em Materiais Complexos Funcionais, apresentou os resultados do estudo na última quarta-feira (25/8), durante a reunião da American Chemical Society (ACS), em Boston, nos Estados Unidos. O INCT de Materiais Complexos tem apoio da FAPESP e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Segundo Galembeck, relatos experimentais do século 19 já associavam a interface ar-água a fenômenos eletrostáticos. O britânico William Thomson, conhecido como Lord Kelvin (1824-1907), idealizou um equipamento que ele denominou “condensador de gotas de água” para reproduzir o fenômeno experimentalmente. Mas, até hoje, a ciência não havia sido capaz de descrever os mecanismos do acúmulo e da dissipação das cargas elétricas na interface ar-água.
“Mostramos que a adsorção do vapor de água sobre superfícies de materiais isolantes ou de metais isolados – protegidas em um ambiente blindado e aterrado – leva à acumulação de cargas elétricas sobre o sólido, em uma intensidade que depende da umidade relativa do ar, da natureza da superfície usada e do tempo de exposição”, disse Galembeck.
O aumento das cargas elétricas acumuladas é ainda mais acentuado quando são usados substratos líquidos ou isolantes sólidos, sob a ação de campos externos, conforme a umidade relativa do ar se aproxima de 100%.
De acordo com Galembeck, a descoberta foi um resultado inesperado de uma longa série de estudos relacionados a dois tipos de microscopia de materiais não-isolantes, especialmente polímeros.
“Estávamos trabalhando com microscopia eletrônica de transmissão – que nos permitia montar um mapa da composição química de determinados materiais em escala nanométrica – e com microscopia de varredura, que fornecia um mapa das propriedades e do potencial elétrico desses materiais”, explicou.
O interesse da equipe estava inicialmente limitado aos materiais. “Mas, ao obter esses mapas, começamos a observar muitos fenômenos que não estavam na literatura. Havia, em especial, heterogeneidades inesperadas nas distribuições de cargas elétricas. Embora não fossem contrários a estudos anteriores, os resultados do nosso trabalho iam contra concepções amplamente difundidas. Era preciso entender o que estávamos observando e isso me levou a estudar mais sobre eletrostática”, disse.
Aprofundando as pesquisas, Galembeck percebeu que havia imensas polêmicas na literatura sobre o tema. Apesar disso, essas discussões não estavam no foco dos debates científicos.
“Percebi que havia muitas lacunas, algumas delas muito grandes. Alguns autores se referiam a essas lacunas, mas não conseguiam despertar muita atenção da comunidade científica. Continuei estudando, até que, em 2005, um trabalho de pós-graduação de um aluno gerou a hipótese de trabalho de que existe troca de cargas com a atmosfera”, disse.

No decorrer desse trabalho, o grupo da Unicamp percebeu que, além da sílica e do fosfato de alumínio, alguns metais também adquiriam carga. “A partir daí fizemos também experimentos com os metais. Esse trabalho já começou a gerar resultados também. A primeira publicação saiu na semana passada, na edição on-line da revistaLangmuir”, disse. 

Longo caminho para a tecnologia

Segundo Galembeck, há um longo caminho pela frente para que essa demonstração de conceito se transforme um dia em aplicações tecnológicas, como dispositivos que coletem a eletricidade do ar e a direcionem para equipamentos elétricos nas casas, de forma semelhante aos painéis que transformam a luz solar em energia.
“De um ponto de vista conservador, eu diria que estamos mais ou menos no ponto em que a energia fotovoltaica estava no começo do século 20. Sabemos que hoje a energia solar tem algumas aplicações, mas a maior parte delas ainda tem alto custo. De uma perspectiva mais otimista, eu diria que o uso da higroeletricidade dependerá essencialmente do desenvolvimento de novos materiais, que é cada vez mais acelerado com os recursos da nanotecnologia”, apontou.
No momento, os cientistas têm duas tarefas principais para fazer com que um dia a nova tecnologia se torne realidade: a identificação dos melhores materiais e a obtenção de dados para fazer a modelagem dos dispositivos.
“Estamos agora trabalhando no levantamento de dados a partir dos materiais que sabemos que funcionam. Por enquanto, são materiais simples como alumínio, aço inox e latão cromado”, disse. Provavelmente, não serão esses os materiais usados nos dispositivos do futuro, mas o fundamental agora é fazer o levantamento de dados”, disse.
Quando tiverem concluído o levantamento de dados para a modelagem de dispositivos, segundo Galembeck, os cientistas terão boas perspectivas em relação a duas questões fundamentais: quanta energia poderá ser produzida com a higroeletricidade e quais são as propriedades necessárias para os materiais que serão utilizados nos dispositivos.
“Há duas semanas começamos a fazer o trabalho de levantamento de dados para a modelagem. Começamos também a fazer experimentos com a modificação da superfície dos metais. Há uma infinidade de possibilidades para explorar. A dificuldade está em determinar em quais delas devemos nos concentrar”, disse.

FONTE:

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

A importância e aplicações do Manganês (Mn) no cotidiano

Manganês

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre

Mn,25.jpg
manganês ( do francês manganèse ) ou manganésio ( designação preterida pela sua semelhança com o magnésio), é um elemento químicosímbolo Mnnúmero atômico 25 ( 25 prótons e 25 elétrons ) e massa atómica55 usólido em temperatura ambiente.
Situa-se no grupo 7 ( 7B ) da classificação periódica dos elementos. Usado em ligas principalmente na do aço e, também, para a produção de pilhas.
Foi descoberto em 1774 pelo sueco Johan Gottlieb Gahnreduzindo o seu óxido com carbono.


Seus estados de oxidação mais comuns são +2, +3, +4, +6 e +7, ainda que encontrados desde +1 a +7. Os compostos que apresentam manganês com estado de oxidação +7 são agentes oxidantes muito enérgicos. Nos sistemas biológicos, o cátion Mn+2 compete frequentemente com o Mg+2. É usado emliga com o ferro nos aços e em outras ligas metálicas.Características principais

O manganês é um metal de transição de coloração branco cinzento parecido com o ferro. É um metal duro e muito frágil, refratário e facilmente oxidável. O manganês metálico pode ser ferromagnético, porém somente depois de sofrer um tratamento especial.

Aplicações

  • É importante para a fabricação de aços. O manganês reage com o enxofre presente formando sulfeto de manganês, MnS, evitando que o enxofre reaja com o ferro, aumentando a fragilidade e tornando-o mais difícil de forjar, também o excesso pode reagir com o carbono, originando carbetos de manganês, melhorando as propriedades químicas do aço. Além disso, o manganês tem propriedades desoxidantes evitando a formação de bolhas.
  • A maior parte do manganês é empregado para a obtenção de ferromanganês, que contém 80% de manganês. Esta liga metálica de ferro e manganês se obtém por redução do trióxido de diferro, Fe2O3, e o dióxido de manganês, MnO2.
  • Também se emprega na produção de siliciomanganês, uma liga com 60-70% de manganês e uns 15-30% de silício.
  • Pode estar presente em ligas metálicas, como por exemplo, com alumínio.
  • dióxido de manganês, MnO2, é usado como despolarizador em pilhas secas, também chamadas de pilhas tipo Leclanché ou de zinco/carbôno (Zn/C). Também é utilizado em pilhas alcalinas ou de zinco/dióxido de manganês (Zn/MnO2).
  • O MnO2 também se emprega na obtenção de pinturas e na descoloração de vidro (tom esverdeado provocado pela presença de ferro).

Cientistas criam combustível com subprodutos da fabricação de uísque

Professor Martin Tangney (Foto: Cortesia Edinburgh Napier University)
Tangney afirma que biocombustível pode ser mais eficiente que etanol
Cientistas escoceses estão desenvolvendo um novo tipo de biocombustível feito com subprodutos da fabricação do uísque.
Segundo a equipe da Edinburgh Napier University, em Edimburgo, o álcool butanol proveniente do novo processo seria 30% mais eficiente do que outros biocombustíveis, como o etanol, e poderia ser usado em automóveis.
A universidade está tentando patentear a nova invenção.
Os pesquisadores basearam seus experimentos nos dois principais subprodutos gerados durante a fabricação do uísque: o pot ale, líquido remanescente nos alambiques de cobre após a destilação, e os restos dos grãos utilizados como a cevada.
Segundo a equipe, a indústria do uísque maltado produz anualmente 1,6 milhões de litros de pot ale e 187 mil toneladas de restos de cevada.
Todo esse material poderia ser transformado em combustível que seria usado puro ou em combinação com petróleo ou diesel, dizem os cientistas.
Energia renovável
A equipe, liderada pelo professor Martin Tangney, acredita que o produto também possa ser usado na fabricação de outras substâncias químicas renováveis.
Garrafas de uísque
Combustível pode oferecer nova fonte de renda à indústria do uísque
"A União Europeia declarou que biocombustíveis deverão responder por 10% do total de vendas de combustíveis em 2020. Estamos determinados a encontrar novas fontes de energia renovável", disse Tangney.
"Enquanto algumas companhias de energia plantam lavouras para gerar biocombustíveis, nós estamos investigando sobras de materiais, como os subprodutos do uísque, para desenvolvê-los".
O cientista acredita que essa seja uma opção mais sustentável, além de oferecer uma nova fonte de renda associada a uma das maiores indústrias da Escócia, a indústria do uísque.
A equipe está criando uma companhia para tentar levar o novo combustível para o mercado.
Tecnologia
A tecnologia usada no desenvolvimento de biocombustível a partir do uísque foi inspirada em um processo centenário, criado pelo químico Chaim Weizmann.
Weiznann, um refugiado judeu que viveu em Manchester, na Inglaterra, estudou a fermentação do butanol como parte de uma pesquisa para produzir borracha sinteticamente.
O processo foi usado na fabricação de explosivos usados nas duas guerras mundiais.
Mais tarde, o cientista participou da fundação do Estado de Israel e tornou-se o primeiro presidente do país.

Fazendeiro cria minivacas nos EUA para produzir menos gás metano

Richard Gradwohl e uma minivaca
Richard Gradwohl disse que vacas em miniatura usam menos pasto
Um fazendeiro nos Estados Unidos está criando vacas em miniatura que teriam menos impacto sobre o meio ambiente.
O gado de pecuária é responsável por grande parte das emissões de metano no mundo, um dos gases que mais contribui para o aquecimento global.
Hoje há 26 raças de "minivacas" no mundo. Na maior delas, as vacas têm pouco mais de um metro de altura. Algumas vacas chegam a medir menos de 80 centímetros.
"Quando comecei a experimentar a criação deste gado em miniatura, todo mundo pensou que eu estava louco", disse à BBC o professor e fazendeiro Richard Gradwohl, que desenvolveu 18 das 26 raças em seu centro de pesquisa.
Impacto ambiental
Seu objetivo inicial era criar os animais para abastecer sete mercados diferentes, mas logo que começou a trabalhar com o gado ele percebeu que poderia haver uma redução do impacto ambiental da sua atividade.
"Depois de investigar durante muitos anos, descobrimos que elas produzem muito menos metano", diz Gradwohl. Segundo o professor, dez vacas em miniatura geram o mesmo metano de uma vaca de tamanho normal.
"Além disso, em um terreno de cinco hectares, onde cabem duas vacas, entram dez minivacas", afirma.
O rendimento de cada hectare por quilo de carne também é maior. Isso acontece devido à relação entre o peso do animal vivo e a quantidade de carne comestível.
"Quando uma vaca de 450 quilos vai ao matadouro, ela perde cerca de 40% em ossos, cabeça e órgãos internos. O gado perde então uns 180 quilos. Quando se converte isso em carne comestível, se perde outros 20%. E finalmente ela acaba com 216 quilos", explica Gradwohl.
"Em um animal pequeno, se perde muito menos. A vaca pesa 270 quilos. Quando vai ao matadouro, em vez de perder 40% do peso, ela perde apenas 30%, e quando se converte isso em carne comestível, em vez de 20%, se perde 15%. Então um animal pequeno pode produzir até 160 quilos de carne comestível."
Ao aumentar o rendimento por hectare, os ranchos precisam de menos terreno para produzir a mesma quantidade de carne.
Nos Estados Unidos, onde o consumo anual de carne bovina por pessoa é de 43 quilos – há apenas 20 mil minivacas.
FONTE:

obrigado pela visita

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