quarta-feira, 21 de julho de 2010

Planeta com cauda de cometa


Planeta com cauda de cometa
Cientistas observam que o planeta HD 209458b, um gigante gasoso a 153 anos-luz da Terra, tem atmosfera superquente e perde material deixando um rastro no espaço (Nasa)

Divulgação Científica

Planeta com cauda de cometa

21/7/2010
Agência FAPESP – Por meio de observações com o telescópio Hubble, da Nasa, a agência espacial norte-americana, um grupo de astrônomos confirmou a existência de um objeto extremamente quente ao qual chamaram de “planeta cometário”.
O motivo é que o HD 209458b, seu nome oficial, lembra um cometa. Trata-se de um gigante gasoso que está em uma órbita tão próxima de sua estrela que sua atmosfera aquecida está se esvaindo no espaço.
Segundo o estudo, publicado no The Astrophysical Journal, ventos estelares poderosos estão soprando material da atmosfera e deixando-o para trás na forma de uma cauda de um cometa.
“Desde 2003, cientistas têm teorizado que a massa perdida [do HD 209458b] está sendo empurrada em uma cauda e até mesmo calcularam como ela seria. Achamos que encontramos a melhor evidência observacional até o momento para apoiar essa teoria”, disse Jeffrey Linsky, da Universidade do Colorado em Bouder, líder do estudo.
O HD 209458b está a 153 anos-luz da Terra e pesa pouco menos do que Júpiter, mas está cerca de cem vezes mais perto de sua estrela do que a distância do Sol para o maior planeta de seu sistema.
O planeta cometário completa uma volta em torno de sua estrela em apenas 3,5 dias. No Sistema Solar o período orbital mais curto é o de Mercúrio, com 88 dias.
Linsky e colegas detectaram elementos pesados, como carbono e silício, na atmosfera de mais de 1.000 ºC do planeta. Segundo eles, isso implica que a sua estrela está aquecendo toda a atmosfera e fazendo com que os elementos químicos mais pesados escapem.
O artigo Observations of Mass Loss from the Transiting Exoplanet HD 209458b (vol.717, doi:10.1088/0004-637X/717/2/1291), de Jeffrey Linsky e outros, pode ser lido por assinantes do The Astrophysical Journal emhttp://iopscience.iop.org/0004-637X/717/2/1291

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